quarta-feira, 1 de junho de 2011

P0ESIA

O serafim da noite entre as flores desliza/ desfere o órgão da igreja acordes sonhadores/ e o céu, onde a luz do sol por se subtiliza/ prolonga uma agonia esquisita de cores/ O serafim da noite as almas suaves pisa/ A virgem, no cismar, da aura sorve os amores/ e sobre as flores, sobre a virgem indecisa/ nevam mui lentamente inefáveis palores./ As rosas do jardim inclinam-se em cansaço/ e a alma de Schumann anda a vagar pelo espaço/ parecendo gemer uma angústia incurável!/ Nalgum recanto expira uma criança adorável/ põe minh´alma um sinal na página das horas/ O anjo vai recolher o sonho que tu choras! (“Noite”. Albert Victor Samain).

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