No tempo em que, nas cidades brasileiras, havia
veículos de tração animal (carroças, charretes, gaiotas), os cavalos e os
burros eram alimentados com uma planta forraginosa denominada alfafa, além do feno (planta gramínea) e
milho. O burro, às vezes, mostrava-se teimoso, mas não parecia menos
inteligente do que o cavalo. No entanto, costumava-se apelidar de “burro” o
indivíduo teimoso, ou sem intelecto cultivado, ou de escasso grau de
inteligência, moroso em aprender ou compreender as lições e as coisas. Havia
indivíduos taxados de “burro” na família, na escola, no esporte, na política e
em qualquer outra atividade urbana ou rural. Era comum a presença da alfafa nos comentários desairosos que
incluíam a burrice.
Menciono esse fato, motivado por lembrança de história
hilária que me contaram em Curitiba. Na Rua
XV de Novembro, no trecho hoje conhecido como Rua das Flores, logradouro
central da cidade, os homens se reuniam aos domingos a partir das 10,00 horas
da manhã para dissertar sobre futebol, comentar algum escândalo ou algum crime
de maior repercussão, criticar o governo, oferecer soluções para os problemas
da cidade, do estado, do país e do mundo, falar mal da vida alheia,
principalmente de pessoas representativas da sociedade curitibana. Em virtude
disto, o local foi batizado de “Boca Maldita”. Nesse trecho, localizava-se o
Cine Ópera e, ao seu lado, um café bem freqüentado nos dias frios, fato comum
naquela capital, mesmo fora do inverno. Na calçada em frente, localizava-se o
Cine Avenida tendo, de um lado, a Confeitaria Guairacá, famosa pela feijoada
aos sábados, e de outro, um edifício comercial. Na mesma calçada do Cine
Avenida, esquina com a Praça Osório, ficava o Cine Palácio.
Manifestei minha dúvida sobre a veracidade da
história, tendo em vista a fama do local em que me foi contada. Entretanto,
asseguraram-me que se tratava de fato verídico. Pelo sim, pelo não, vou aqui reproduzi-la
de forma abreviada.
O episódio aconteceu durante um concurso para juiz de
direito estadual. Na prova oral, as respostas do candidato não convenciam e nem
eram do agrado dos examinadores. Depois de uma dessas respostas, o mais
impaciente e desdenhoso dos examinadores, visando a insinuar a burrice do
candidato, ordena ao funcionário que exercia a função de bedel:
- Aristeu! Providencie uma carrada de alfafa.
Olhando para o bedel, erguendo o braço direito com o
dedo indicador esticado e apontado para cima, com voz clara e bem audível, o
candidato acrescentou:
- E para mim, um cafezinho, por favor.
Da graça, resultou a desclassificação do candidato. Na
época, não havia juiz federal e o Paraná ainda não tinha o rótulo de república
fascista. A justiça federal só foi criada um ano depois do citado episódio mediante
Ato Institucional expedido em 1965 pelo regime autocrático militar (AI 12/65). Até
hoje, permanece intacto o cordão umbilical que mantém a justiça federal unida à
sua genetriz. O primeiro concurso para juiz federal aconteceu nos anos 70.
Por duas vezes, os fascistas e os nazistas de São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul haviam mostrado as caras: a
primeira, foi nos anos 30 e a segunda, nos anos 60. Encerrado o último ciclo
autocrático (1985), a plêiade nazi-fascista cobriu-se com a nuvem democrática.
Os governos Sarney, Collor e Cardoso sintonizavam com a direita, tanto a
moderada como a extremista. Quando retornou do voluntário e dourado exílio para
ingressar na política partidária, o finório Fernando Henrique Cardoso recebeu
as bênçãos dos militares depois que o general João Figueiredo, então chefe do
Serviço Nacional de Informações, informou-os de que “ele é um dos nossos”. Fernando
Henrique se infiltrou na esquerda embora sendo homem da direita. Ele foi o novo
“Cabo Anselmo” em aperfeiçoada e sofisticada versão. Ao ser descoberto, apelou
para o academicismo a fim de justificar a esperteza fraudulenta e o sujo papel
que concordou desempenhar. Sem pudor algum, afirmou: o conceito de esquerda e direita está ultrapassado. Fernando
Henrique governou sem ser incomodado por fascistas e nazistas, apesar da avassaladora
corrupção durante os oito anos do seu governo.
Depois das eleições de 2010, cujo resultado foi favorável à esquerda autêntica e ao partido de centro, os fascistas e os nazistas começaram a mostrar a cara novamente, a se manifestar nas ruas, em locais abertos ou fechados, com apoio do poder econômico e da grande imprensa, no propósito de derrubar o governo federal. Na sua agressiva militância física, intelectual e ideológica no Congresso Nacional, no Judiciário, nos meios de comunicação social e nas ruas, o PSDB revela, através dos seus agentes, que a “social democracia” do seu nome corresponde ao nacional-socialismo alemão (nazismo).
Depois das eleições de 2010, cujo resultado foi favorável à esquerda autêntica e ao partido de centro, os fascistas e os nazistas começaram a mostrar a cara novamente, a se manifestar nas ruas, em locais abertos ou fechados, com apoio do poder econômico e da grande imprensa, no propósito de derrubar o governo federal. Na sua agressiva militância física, intelectual e ideológica no Congresso Nacional, no Judiciário, nos meios de comunicação social e nas ruas, o PSDB revela, através dos seus agentes, que a “social democracia” do seu nome corresponde ao nacional-socialismo alemão (nazismo).
A descoberta do pré-sal aguçou a cobiça e o ativismo
das lideranças dos partidos de oposição ao governo federal. Nota-se, também, um
fator psicológico: o internacional reconhecimento da qualificação de Luiz
Inácio como estadista enciumou os
seus vaidosos adversários internos, principalmente os que têm diploma
universitário.