sexta-feira, 13 de março de 2015

POLITICA BRASILEIRA



A Presidente da República cometeu o “crime” de vencer as eleições. Inconformados, os tucanos odeiam-na por isto e tentam contaminar o povo brasileiro com esse ódio. Na sua empreitada, lançam ao lixo as virtudes teologais (fé, esperança, caridade) e se distanciam da base cristã (amor e compaixão). “Amar a deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” é o mandamento universal. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” é o mandamento dirigido por Jesus, o Cristo, aos apóstolos.

Os derrotados nas urnas semeiam o ódio entre brasileiros. Atuam contra a fraternidade. Declararam o estado de guerra. A grande imprensa articula ação para destituir do cargo a candidata eleita. Monta uma cena terrificante para alarmar a população quanto à economia, aos tributos, aos direitos dos trabalhadores e à corrupção nas empresas estatais. Hipocrisia. Quando estavam no poder, esses opositores: (1) jamais favoreceram os trabalhadores; (2) quebraram mais de uma vez a economia do país: (3) praticaram exponencial corrupção. A esses opositores falta autoridade moral para apontar o dedo acusador ao atual governo.    

Os golpistas pretendem captar a simpatia e a aprovação popular. Parcela menor do eleitorado brasileiro que votou em Aécio Neves organiza passeata para induzir ao impeachment da presidente. Afronta, desse modo, à parcela maior do eleitorado brasileiro que votou em Dilma Rousseff. O grupo do PSDB pretende ganhar no tapete o que perdeu nas urnas. Daí a campanha através das emissoras de rádio e televisão, dos jornais impressos, da rede de computadores e da ação direta de militantes junto à população, espalhando boatos, informações capciosas, mentiras, difamação. Autêntica ação terrorista. Por áudio e por escrito nos meios eletrônicos de comunicação, por exemplo, espalha-se o boato de que o governo executará plano semelhante ao plano Collor. Os boateiros aconselham os crédulos a retirar o dinheiro da poupança e dos bancos. Outro, se dizendo sargento, diz que as forças armadas estão se preparando para iminente guerra interna. Aconselha os crédulos a fazerem estoque de alimentos. Esses boateiros apostam na credulidade e na ignorância do povo brasileiro. Creio que perderão a aposta. Há inteligência e moderação nas forças armadas e no governo civil.

Certamente, há muito dinheiro investido nessa campanha terrorista. Noticiários e entrevistas nos meios de comunicação social mostram-se tendenciosos. Dados da realidade são manipulados para colocar a opinião pública contra o atual governo. Jornalistas tucanos divulgam meias verdades e ocultam fatos na certeza de que serão ouvidos e acreditados pelo público. O mesmo acontece nos discursos proferidos por deputados e senadores da oposição no Congresso Nacional. O parlamentar do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, por exemplo, em discurso recente, salivando veneno e vertendo ódio pelos poros, numa demonstração de intolerância, afirma que vai sangrar a presidente. Afirmação que revela perfil criminoso e intenção moral e juridicamente censurável. Convém investigá-lo, ainda mais que integrou o corrupto governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Quando estavam no poder durante o governo FHC, os senhores que agora posam de virtuosos permitiram: (1) a venda do patrimônio estratégico do Brasil em troca de gordas comissões; (2) alentada corrupção na Petrobrás. Na sórdida campanha orquestrada pelos opositores não há interesse nacional e sim interesse particular em negociatas, em colocar as mãos no petróleo, nas riquezas minerais e nas empresas estatais com o propósito de aumentar a fortuna deles e dos empreiteiros e dos donos da grande imprensa (Bandeirantes, “Estado de São Paulo”, “Folha de São Paulo”, Globo, Record, SBT, “Veja”). Não se descarta a orientação intelectual e o apoio financeiro de empresários estrangeiros no movimento golpista.  

Ao programa “Observatório da Imprensa” da TV Brasil comandado pelo jornalista Alberto Dines, no dia 10.03.2015, compareceram três jornalistas: um da empresa UOL, outro da empresa Globo e outra da empresa Folha de São Paulo. Todos, pois, representantes da imprensa tucana, tal como o jornal Estado de São Paulo e a revista Veja. As contas sigilosas do Banco HSBC, na Suíça, mantidas por cerca de nove mil brasileiros, era o tema do programa. O tucano da UOL se declarou detentor do “segredo” que lhe foi passado por jornalistas europeus que obtiveram informações, junto ao citado Banco, sobre contas sigilosas. Os dados foram distribuídos para duas dezenas de jornalistas da França e da Inglaterra, segundo informou. O tucano da UOL cedeu o “segredo” ao tucano da empresa Globo (certamente a título oneroso). Afirmou que não entregaria os dados aos concorrentes porque ainda não concluíra o furo; além disto, o trabalho exigiu tempo e dinheiro.

Cuida-se, como se vê, de furo furado e de segredo de polichinelo. A notícia circulou pela Europa. No Brasil, apenas os nomes dos titulares das contas ainda não foram divulgados. Comissão da Câmara dos Deputados prontificou-se a proceder às investigações. O tucano da UOL encara o episódio sob o prisma mercantil ao falar em concorrência e em dinheiro, o que é próprio do DNA dos tucanos. A retenção dos dados a título de “segredo” configura monopólio da informação, o que não se coaduna com o regime democrático, posta a garantia de acesso à informação assegurado a todos os brasileiros pela Constituição da República. A fonte da notícia foi revelada na entrevista e era do conhecimento geral desde sua publicação na Europa. Portanto, não procede a alegação de resguardo ao sigilo da fonte para sonegar os dados às autoridades brasileiras.

Do ponto de vista fiscal e criminal, o tucano da UOL tinha a obrigação de informar esses dados à receita federal e ao ministério público para as necessárias investigações. Os titulares das contas nada devem temer se a origem do dinheiro depositado for legítima. Todavia, ante a corrupção endêmica no Brasil, legítima é a presunção de que, pelo menos em parte, o dinheiro lá depositado tem origem ilícita. O jornalismo investigativo não pode obstar a atividade investigativa do Estado. Os tucanos da UOL e da empresa Globo dizem que investigarão apenas uma centena de pessoas, o que significa investigação seletiva que pode ensejar manipulação e chantagem. Por exemplo: poderão excluir da investigação nomes de donos de emissoras de televisão, de jornais impressos e de revistas; nomes de empresários da sua simpatia ou clientela; nomes de personagens da cena política como Aloysio Nunes Ferreira, Antonio Delfim Neto, Eduardo Cunha, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Henrique Meirelles, Pedro Malan, Renan Calheiros; e outros figurões da república. 

Nenhum comentário: