A eleição enseja o exercício
pleno do poder político do povo. Através dela o eleitor pode protestar de modo
efetivo contra a corrupção e o nepotismo nos poderes Executivo e Legislativo. Desse
modo, o movimento de rua se harmoniza com o movimento de urna no intuito de
mostrar o descontentamento do povo com a conduta dos seus representantes e com o
modo desonesto ou ineficiente como estes administram os negócios do estado e da
nação.
O eleitor pode escolher apenas o
presidente da república e o governador do estado. A chefia de governo é
necessária. De preferência escolher Marina para a presidência e um candidato do
PSOL ou apoiado pelo PSOL para o governo estadual. Assim procedendo, o eleitor
mostra a sua discordância com a corrupção e o nepotismo no Poder Executivo.
Quanto aos cargos de senador,
deputado federal e deputado estadual, o eleitor deverá votar em branco ou
anular o voto se quiser tornar efetivo o seu protesto contra a corrupção e o
nepotismo. O eleitor dirá NÃO à escória da sociedade que ocupa as cadeiras do
congresso nacional e das assembléias legislativas. O voto em branco ou nulo é a
forma de o eleitor mostrar que não compactua com as safadezas praticadas no
âmbito do Poder Legislativo.
O movimento social das ruas e o movimento
político das urnas se conjugam na vontade popular de limpar o setor público da
sujeira moral em que está mergulhado. O momento é agora de o eleitor mostrar à
classe política de que exige: (1) instituições sadias do ponto de vista moral;
(2) boa e honesta aplicação do dinheiro público; (3) maior quantidade e melhor
qualidade de escolas, hospitais, moradias; (4) produção nacional de
medicamentos essenciais à população; (5) investimentos em transporte
ferroviário, rodoviário e fluvial; (6) melhor conservação de estradas, pontes e
viadutos; (7) redução da carga tributária principalmente do setor produtivo; (8)
redução e extinção de juros e outras taxas bancárias; (9) redução das tarifas
dos serviços públicos concedidos; (10) apoio efetivo à agricultura e à pecuária.
Tais exigências não afastam os
cuidados que o governo deverá ter em relação à dignidade da pessoa humana, à família,
às comunidades indígenas e dos quilombos, ao meio ambiente, à previdência social,
à assistência social, à cultura, à ciência, à tecnologia. Quem governar o
Brasil há de ter bons olhos para os povos da América Latina e Crioula, além das
relações fraternas com outras nações do planeta.
O eleitor deve exibir a sua força
política nestas eleições. Mostrará que a reforma política é necessária e
urgente e não deverá mais ser protelada e manipulada pelos malandros de sempre.
Chega de malandragem e roubalheira. O tempo é de um novo modelo político consentâneo
com a realidade brasileira. No Brasil, a representação popular e a
exclusividade dos partidos para apresentar candidatos constituem sistema
político falido.
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