sexta-feira, 5 de agosto de 2011

FUTEBOL

A seleção brasileira de futebol masculino formada de jogadores com idade abaixo dos 20 anos está brilhando na copa mundial disputada na Colômbia. Na segunda-feira (01/08/11) a seleção brasileira venceu a austríaca. O terceiro gol foi muito bonito. Resultou de uma trama feliz dos atacantes brasileiros. Os europeus às vezes misturam dureza e violência no jogo de futebol. Os austríacos mostraram essa mistura em campo. Não há estrelas de excepcional brilho na seleção do Brasil. Todos jogam com afinco e entrosados. Ontem (04/08/11) a rapaziada venceu a seleção do Panamá. Espera-se que mantenham o bom padrão de jogo na próxima fase da copa, quando enfrentarão equipes fortes.

No campeonato brasileiro, Vasco, Fluminense, Flamengo, Corinthians e São Paulo venceram os jogos desta rodada e situam-se na parte de cima da tabela de classificação. A equipe do Santos FC situa-se na parte de baixo; vem perdendo ao enfrentar adversários fortes. O sistema ofensivo dessa equipe vai bem; o defensivo está a merecer maior atenção. O setor de armação está aquém do seu potencial. Até a rodada final certamente logrará melhor posição.

Gênio, como qualificativo de pessoa dotada de talento acima do comum, não é chuchu para dar às pencas. A genialidade no futebol brasileiro está em gozo de férias há uma década. Apesar disto, a safra atual é de bons jogadores. Salvo o interesse financeiro em receber comissões de corretagem, não há necessidade alguma de importar jogadores de outros países. O Brasil é exportador de talentos ordinários e extraordinários. O Brasil é celeiro de bons jogadores de futebol. Dispensa importações. Há centenas de brasileiros de bom nível técnico nas diferentes regiões do país. Para constatar essa realidade basta assistir aos jogos da série B do campeonato brasileiro ou da citada seleção de jovens. O futebol brasileiro não necessita de concas, federicos, piris, & companhia.

Visando objetivos mercadológicos, os jogadores estrangeiros são aureolados de alta categoria, até comparados a Messi e a outros grandes jogadores da moda. Na verdade, a maioria (sempre cabe ressalva) não vale a metade do preço e não joga um terço do anunciado. Essa invasão hispano-americana no futebol brasileiro tem motivação econômica, exclusivamente. O propósito das transações é colocar as mãos no dinheiro dos clubes. O rendimento do atleta em campo é o que menos importa. O rendimento em pecúnia é o que interessa. Buscar-se-á jogador até na China, se a comissão de corretagem compensar. Quanto mais alto o preço, maior a comissão do cartola, do empresário e demais agentes intermediários. Com a transação, ganham essas figuras e o jogador, porém perdem: o clube, que vê o seu capital sair pelo esgoto, e a torcida, que não vê melhora alguma no time.

Ninguém compra automóvel com motor fundido, salvo se for colecionador, dono de oficina de desmanche ou lavador de dinheiro. Comprar jogador para deixá-lo no estaleiro meses a fio, ou para entrar em campo intermitentemente, fere a lógica e o bom senso. Se o estado mental dos compradores estiver saudável, só o escuso interesse explica tal insensatez.

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