quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FUTEBOL

Entre os fatores que prejudicam a beleza do espetáculo está a omissão culposa dos árbitros. A entidade responsável pela fiscalização e controle da arbitragem deve aplicar sanções aos árbitros que condescenderem com a brutalidade em campo. O futebol de macho como sinônimo de futebol violento é coisa do passado. O futebol continua esporte viril, mas dispensa violência. O futebol também é de fêmea, vigoroso, mas sem brutalidade. As equipes femininas têm apresentado futebol de boa qualidade técnica e estética. As moças se comportam bem do ponto de vista ético. A virilidade e o contato corporal são características do futebol. Cabe aos árbitros relevar faltas leves e deixar o jogo correr em benefício do espetáculo. Porém, carrinhos, cotoveladas e tapas, são intoleráveis. Os infratores, nesse caso, devem ser expulsos de campo.

O futebol masculino e feminino é viril e de contato entre adversários, porém não é luta livre, arte marcial, nem esporte para atletas de índole criminosa. Assistência psicológica e social já mudou para melhor o comportamento de jogadores de má catadura. O caso de Luis Fabiano é exemplar. Quem o vê hoje, não reconhece aquele rapaz de maus bofes que jogava no São Paulo F C há alguns anos atrás. As partidas podem ser disputadas sem as agressões que fazem sangrar e causam ou podem causar luxação e fraturas no colega de profissão. O jogador pode girar em torno da bola, saltar, se movimentar em qualquer direção, sem desferir cotovelada e tapa no adversário. Se o faz, é por maldade, embora tente simular que agiu de modo involuntário. Tal simulação só engana a quem está disposto a se deixar enganar; só engana a quem é bonzinho; só engana a quem é condescendente ou membro da mesma corporação.

A omissão dos árbitros, a tolerância com as diferentes modalidades de violência, a negligência dos órgãos disciplinares da arbitragem, a pieguice de jornalistas esportivos a desculpar o agressor (se for celebridade, principalmente), tudo isso desemboca em episódios como o da tesoura voadora noticiada recentemente, aplicada por um goleiro no jogador adversário. No jogo de terça-feira (02/08/2011), ao receber um carrinho, o jogador da equipe do São Caetano revidou: agarrou o jogador da equipe do Guarani pelo pescoço, como se o fosse estrangular. O autor do carrinho sequer recebeu cartão amarelo. Urge dar um basta a essa irresponsável e desavergonhada tolerância.

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