segunda-feira, 10 de março de 2014

FUTEBOL



09.03.2014. Campeonato paulista. Corinthians x São Paulo (2 x 3). Jogo muito bom. Parece que os jogadores não brincaram o carnaval. Nos dois tempos, os jogadores se empenharam. Influência, talvez, da proximidade da Copa do Mundo de Futebol. Quem sabe? Esperança de ser convocado para jogar na seleção. Bobagem. O treinador, o cartola e o patrocinador já têm os seus preferidos. Luis Fabiano ainda é muito bom, melhor do que Fred e Jô, mas graças ao seu temperamento, grande é a probabilidade de ser expulso durante alguma partida e deixar a seleção brasileira desfalcada. Walter do Fluminense carioca, se bem adaptado, também seria bem melhor para a seleção do que Fred e Jô.  
A dinâmica da partida foi excelente. Bom entendimento coletivo. Do ponto de vista da técnica individual, nenhum destaque. Nível apenas razoável, apesar do passado e do nome de alguns jogadores. As duas equipes orientadas por treinadores que se classificam entre os melhores do futebol mundial (Mano Menezes e Muricy Ramalho). Mano estava muito nervoso e foi expulso de campo. Creio que ao perder o comando da seleção brasileira ele perdeu também o equilíbrio emocional. Mesmo assim, colocou a sua equipe nos trilhos. Há torcedores do Corinthians e do Palmeiras que são malfeitores. Formam bandos, invadem o clube, causam danos, ameaçam a integridade de atletas e dirigentes. Parece que a polícia e o ministério público encaram esses delitos com timidez o que facilita a impunidade e a reincidência, levando insegurança ao setor esportivo da sociedade. No que tange à dinâmica do jogo de domingo, a estratégia dos débeis e covardes não se viu aplicada. As duas equipes se defrontaram com coragem em todos os setores, sem medo de perder. Ganhou o público com o belo espetáculo. A equipe do São Paulo fez os cinco gols da partida: três a favor e dois contra. O defensor do São Paulo parecia atacante do Corinthians. Conseguiu a façanha de – em uma só partida – fazer dois gols para o adversário. Até o final do campeonato é possível melhorar o desempenho individual de todos os jogadores e maior acerto nos passes. A movimentação coletiva certamente continuará boa como a de domingo.
Seleção brasileira. A comissão técnica e os dirigentes da CBF tentam passar confiança ao público. Afirmam que a seleção brasileira está forte e ganhará a taça a ser disputada este ano no Brasil. O excesso de confiança já propiciou a derrota: (1) à seleção brasileira em 1950 e em 2006; (2) ao Atlético Mineiro no campeonato mundial de clubes em 2013. Tenho sérias dúvidas. Repito o que disse alhures: se a seleção brasileira perder não será o fim do mundo; haverá outras copas. O povo brasileiro deve se preparar para esta probabilidade sem lançar a culpa no treinador ou nos jogadores. Todos são bons e dedicados, mas o nível é insuficiente para vencer uma copa do mundo. Os atacantes até agora selecionados são fracos técnica e psicologicamente. Perdem gols quando a oportunidade se apresenta. Bom o repertório de dribles de Neymar Jr., boa a sua visão de jogo e a sua inteligência lúdica, porém poucas finalizações; ele erra passes, cobra falta sem êxito e é desarmado muitas vezes. Os demais jogadores também erram passes mais do que seria normal. No setor de armação da seleção brasileira falta inteligência, com modesta ressalva para Oscar. Atualmente, no referido setor, a seleção estaria mais bem servida com Ronaldo Gaúcho do Atlético Mineiro e Douglas do Vasco carioca. Aliás, entre os jogadores em atividade na Europa, nenhum supera o citado Ronaldo, em que pesem as preferências da FIFA. Cristiano Ronaldo, Messi, Ibrahimovic, Balotelli, Pirlo, Ribery, Neymar, KK, Iniesta, Roben, nenhum desses bons jogadores reúne as virtudes esportivas de Ronaldo Gaúcho dentro do campo (boemia, extravagâncias, tudo fora do campo é outra conversa). Digo mais: em matéria de qualificação técnica individual (domínio dos principais fundamentos do futebol), inteligência lúdica e visão de jogo, o veterano Zé Roberto, ainda em atividade no Grêmio de Porto Alegre, é melhor do que qualquer um deles. Marcelo e Daniel Alves são ótimos jogadores, mas praticam faltas violentas e desleais; o torcedor fica rezando para que eles não sejam expulsos durante a partida. Davi e Tiago Silva são ótimos, atuam bem, terão muito trabalho até as quartas-de-final (a seleção dificilmente ultrapassará esse limite). Quanto aos goleiros e demais jogadores, seja o que deus quiser!    

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