quinta-feira, 14 de julho de 2011

FUTEBOL

A seleção da Argentina, com seu elenco principal (menos Tevez) venceu a da Costa Rica (3 x 0) no jogo do dia 11.07.2011. O argentino Messi “melhor do mundo” segundo a fraudulenta eleição da FIFA, atuou de modo ordinário. Eficiente nos passes, Messi armou lances que tiveram finalizações exitosas. Ineficiente nos dribles, desarmado várias vezes, Messi ainda não marcou gol nesta copa. A vitória aliviou a pressão sobre os jogadores e a comissão técnica e ensejou pacificação interna. O fato de a adversária ser uma equipe fraca não arrefeceu o entusiasmo dos argentinos. A hora da verdade chegará quando os argentinos enfrentarem os uruguaios na próxima fase da copa.

Percebe-se que a seleção costarriquenha e a mexicana participaram da copa para que seus jovens atletas adquirissem experiência internacional, quiçá, com olhos voltados para a copa mundial de 2014. Todos se aplicaram muito nas partidas.

No dia 12/07/2011, jogaram as seleções do México e do Uruguai e as do Chile e do Peru. A mexicana perdeu para a seleção uruguaia pelo placar mínimo. A uruguaia jogou com todo o seu potencial. Diego Forlán, “melhor jogador da copa do mundo de 2010” segundo a fraudulenta eleição da FIFA, mostrou-se um jogador de nível mediano, perde gols, fraco nos dribles e nos passes, sem qualquer finalização exitosa até o momento. No outro jogo, placar mínimo em favor do Chile. Gol contra do defensor peruano, no minuto final da partida, depois do escanteio cobrado pelo jogador chileno. O astro incensado, Aléxis Sanchez, pérola do clube Udinese, não mostrou até agora o brilho anunciado. Repetiu-se o fenômeno estelar. Da atuação real, verifica-se que as estrelas não têm a grandeza que lhes atribui o marketing esportivo. Messi, Forlán, Sanchez, Neymar, Ganso, todos estrelas de terceira grandeza, vendidos como se fossem de primeira. Parecem estrelas de cinema: boas no filme, ruins na vida real.

No dia 13/07/2011, o público viu bons jogos. Na copa mundial do futebol feminino enfrentaram-se as equipes dos EUA e França e as do Japão e Suécia; na Copa América de futebol masculino, as equipes do Paraguai e Venezuela e as do Brasil e Equador. A seleção dos EUA venceu a seleção da França por três gols a um. Resultado lógico. Após vencer, a duras penas, a seleção brasileira, as jogadoras estadunidenses se descontraíram. No jogo com a seleção francesa mostraram confiança que não exibiam no jogo com a seleção brasileira, bem ao contrário, havia até certo nervosismo das gringas, mas elas tiveram o mérito de bem canalizá-lo em agressividade até o apito final. Certamente, no jogo final, a lógica prevalecerá novamente. O Japão venceu a Suécia por três gols a um. A seleção japonesa mostrou entrosamento tático, agilidade e objetividade. As japonesas são velozes, dedicadas, esforçadas e determinadas, embora irregulares nos dribles e nos passes. Elas não se intimidaram diante da mais experiente e invicta seleção sueca, nem do placar inicial adverso. Revelaram virtudes marciais. Apesar da baixa estatura, as japonesas superaram as suecas altas, louras e fortes (algumas bonitas). Considerando que nenhuma das semifinalistas é superior à seleção brasileira em valores individuais, a vitória da seleção estadunidense sobre a seleção japonesa na disputa final será o resultado lógico. Esta copa mundial não será a última em que a melhor seleção sai derrotada. No esporte, a lógica tem seus lapsos.

No futebol masculino, houve empate no jogo entre as seleções do Paraguai e da Venezuela (3 x 3). Depois de estarem perdendo por uma diferença de dois gols, os venezuelanos obtiveram o empate em apenas dois minutos já no final da partida. Reação dramática e valorosa. Jogadores brasileiros, colombianos, paraguaios, peruanos, têm mania de relaxar nos últimos minutos do jogo e às vezes levam essas invertidas. Ambas as equipes estão classificadas para a fase seguinte do campeonato, assim como a do Brasil. A vitória brasileira sobre a seleção do Equador (4 x 2) serviu para levantar o moral dos jogadores e da comissão técnica. O time utilizou as laterais do campo. Isto repercutiu na eficiência do ataque. O técnico acertou na tática e na escalação. Maicon foi o melhor jogador da seleção em campo. Neymar e Pato voltaram a atuar bem na área adversária. Receberam boas assistências e tiveram êxito nas finalizações. Robinho, como sempre, dedicado, esforçado e com senso coletivo, jogou para a equipe. Bem que podia recuperar a alegria e pedalar novamente. Falta-lhe sorte nas finalizações: ora é um adversário que cai, desliza na área e intercepta a trajetória da bola; ora é a trave; ora é o árbitro que anula gol legítimo. O moço tem que se benzer, porque talento há de sobra. Ganso dá mostras de que ainda não se recuperou, pelo menos psicologicamente, da contusão que o deixou seis meses fora dos gramados; mais erra do que acerta. Dois gols resultaram de seus passes e da sua boa visão de jogo. Júlio César engoliu dois gols espantosos. Para um goleiro ordinário, aqueles frangos seriam compreensíveis, mas para um goleiro extraordinário como ele, os gols foram um espanto. Dia nefasto. Considerando que a disputa ocorre entre selecionados, o nível técnico dos equatorianos ainda é sofrível. Em termos comuns, o futebol equatoriano é respeitável. Aliás, neste século, as copas da América indicam que moleza no futebol sul-americano é coisa do passado; não há mais seleções fracas, salvo ocasionalmente. A seleção chilena, próxima adversária da seleção brasileira, está formada por bons e aplicados jogadores, como Valdívia e Sanchez, por exemplo. Até agora, nesta copa, os chilenos mostraram razoável desempenho.

Descabida a declaração de alguns argentinos e brasileiros, de que somente agora o torneio terá início. Trata-se de retórica sem compromisso com a verdade dos fatos, empregada para justificar o fraco desempenho das equipes. A rigor, a copa tem início na fase de classificação das seleções nacionais. A seguir, vem disputa entre as seleções classificadas, reunidas em grupos de quatro. Depois e sucessivamente, disputas quartas-de-final, semifinais e terceira colocação. Por último, a disputa pelo primeiro lugar.

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