quarta-feira, 27 de julho de 2011

POESIA

Eis os cadetes da Gasconha / do comandante de Castel: / parlapatões sem ter vergonha. / Eis os cadetes da Gasconha / na fidalguia que os enfronha / falando altivos de alambel. / Eis os cadetes da Gasconha / do comandante de Castel. / Águias de pernas de cegonha / bigode mau, dente cruel! / Que a resmungar ninguém se ponha / junto das pernas de cegonha, / no seu chapéu que é de vigonha / oculta os rombos o frouxel. / Águias de pernas de cegonha, / bigode mau, dente cruel! Fura-Bandulho, Esfola-Ronha / são-lhe epítetos de mel. / Ébria – su´alma a glória sonha, / Fura-Bandulho, Esfola-Ronha. / Onde se dê luta medonha / acodem todos em tropel. / Fura-Bandulho, Esfola-Ronha / são-lhes epítetos de mel. / Eis os cadetes da Gasconha / que nunca aos zelos dão quartel. / Mulher formosa ou carantonha, / eis os cadetes de Gasconha! / Que o velho espôso a tal se oponha / sopra no corno, menestrel! Eis os cadetes da Gasconha / que nunca aos zelos dão quartel! (“Os Cadetes de Gasconha” – excerto do “Cirano de Bergerac” – Edmond Rostand).

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