Além das citadas estrelas de
primeira grandeza do futebol mundial, há uma plêiade de defensores, armadores e
atacantes brasileiros, cada qual na sua época e fase áurea, cujo brilho não é
menor do que o brilho das grandes estrelas estrangeiras. Basta lembrar de: Ademir
da Guia, Ademir Meneses, Adriano, Alex (Grécia), Amarildo, Barbosa (goleiro), Bebeto,
Branco, Cafu, Caju (Paulo Cezar), Careca, Carlos Alberto, Castilho (goleiro), Clodoaldo,
Coutinho, Dener (Portuguesa/Vasco), Diego (Alemanha), Dirceu Lopes, Djalma
Santos, Djalminha, Domingos da Guia, Edmundo, Edu (Santos FC), Falcão, Gerson, Gilmar
(goleiro: Corinthians/Santos), Giovane, Heleno de Freitas, Jair, Jairzinho, Juan,
Júlio Cezar (goleiro), Juninho Pernambucano, Júnior, KK, Leandro, Leandro
Damião, Leão (goleiro), Leivinha, Lucas (São Paulo FC), Lúcio, Luis Pereira,
Maicon, Marcos (goleiro), Marcos Assunção, Marinho, Mauro Silva, Miller,
Nelinho, Neto (Corinthians), Neymar, Nilmar, Nilton Santos, Palhinha, Pato, Pepe,
Petronilho, Pinheiro, Poy (goleiro), Raí, Reinaldo, Renato, Rivaldo, Rivelino,
Roberto Carlos, Roberto Dinamite, Robinho, Rogério Ceni (goleiro), Ronaldo
Gaúcho, Ronaldo Nazário, Sócrates, Taffarel (goleiro), Tostão, Túlio Maravilha,
Vagner Love, Vavá, Zagalo, Zé Roberto, Zico, Zinho e Zito.
No futebol mundial, estrelas estrangeiras
têm seu brilho ofuscado pelo brilho mais intenso de craques brasileiros, tanto
no passado como no presente. A história é testemunha, abastecida por documentos
e pelo conhecimento oriundo da tradição oral, escrita e audiovisual. Quando atuam
brasileiros e estrangeiros de alto nível na mesma partida, quer na mesma equipe,
quer em equipes adversárias, lado a lado ou se confrontando, a história
registra brilho maior dos brasileiros. Os clubes da Europa estão coalhados de
defensores, armadores e atacantes brasileiros, o que indica qualidade boa e
diferencial. Raro encontrar na mesma partida, em equipes distintas, um exuberante
Zidane aplicando chapéu num Ronaldo decadente. O grande número de vitórias e de
boas colocações da seleção brasileira em campeonatos internacionais se deve ao
nível de excelência dos jogadores brasileiros, apesar das ocasionais estiagens.
Entre os estrangeiros bem cotados
no cenário internacional não há inventor de jogadas, mas tão somente executores
de jogadas inventadas pelos brasileiros. Além das jogadas citadas linhas atrás,
inventadas por Friedenreich, Leônidas, Didi, Garrincha e Pelé, os estrangeiros
imitam ou tentam imitar: (i) o drible elástico do Rivelino; (ii) o uso do
calcanhar para executar passes, dribles e gols, inventado e popularizado por Sócrates;
(iii) as pedaladas do Robinho. A pedalada – no singular – Garrincha a
executava, porém, as pedaladas – no plural – para confundir o adversário, foram
aplicadas por Robinho e imitadas nos campos de futebol do mundo.
Os inventores do “corta luz” e do “gol olímpico” são
desconhecidos. Corta luz é finta sem
tocar na bola que impede acesso ao adversário e o permite ao companheiro, mediante
uso do corpo no mesmo lugar ou em deslocamento. Quando
utilizada no passe, o primeiro receptor funciona como cortina: sem tocar na
bola, deixa-a passar para um segundo receptor, enganando e surpreendendo o adversário.
Gol olímpico resulta da cobrança do
escanteio. Antes de 1924, não era válido. Nesse mesmo ano, após adquirir
legitimidade, esse gol foi executado oficialmente pela primeira vez por Billy
Alston, na Escócia, porém só recebeu o apelido de “olímpico” em 1928, no jogo
do Vasco da Gama contra o clube uruguaio Montevideo Wanderes, vencido pelo
clube brasileiro. Ao cobrar escanteio, Santana marcou o gol da vitória. Os
uruguaios eram campeões olímpicos. Os brasileiros, por zombaria, apelidaram o
gol de “olímpico”. Valeu como batismo. O nome ficou. Por ser de difícil
execução e exigir perícia, esse gol é raro. Marcelinho Carioca e Roberto Carlos
fizeram gols olímpicos jogando pelo Corinthians e Ronaldo Gaúcho pelo Flamengo.
O sérvio Dejan Petkovic marcou nove gols olímpicos de 1999 a 2009, jogando pelo
Vitória (Bahia), Flamengo e Fluminense.
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