segunda-feira, 2 de abril de 2012

FUTEBOL


Além das citadas estrelas de primeira grandeza do futebol mundial, há uma plêiade de defensores, armadores e atacantes brasileiros, cada qual na sua época e fase áurea, cujo brilho não é menor do que o brilho das grandes estrelas estrangeiras. Basta lembrar de: Ademir da Guia, Ademir Meneses, Adriano, Alex (Grécia), Amarildo, Barbosa (goleiro), Bebeto, Branco, Cafu, Caju (Paulo Cezar), Careca, Carlos Alberto, Castilho (goleiro), Clodoaldo, Coutinho, Dener (Portuguesa/Vasco), Diego (Alemanha), Dirceu Lopes, Djalma Santos, Djalminha, Domingos da Guia, Edmundo, Edu (Santos FC), Falcão, Gerson, Gilmar (goleiro: Corinthians/Santos), Giovane, Heleno de Freitas, Jair, Jairzinho, Juan, Júlio Cezar (goleiro), Juninho Pernambucano, Júnior, KK, Leandro, Leandro Damião, Leão (goleiro), Leivinha, Lucas (São Paulo FC), Lúcio, Luis Pereira, Maicon, Marcos (goleiro), Marcos Assunção, Marinho, Mauro Silva, Miller, Nelinho, Neto (Corinthians), Neymar, Nilmar, Nilton Santos, Palhinha, Pato, Pepe, Petronilho, Pinheiro, Poy (goleiro), Raí, Reinaldo, Renato, Rivaldo, Rivelino, Roberto Carlos, Roberto Dinamite, Robinho, Rogério Ceni (goleiro), Ronaldo Gaúcho, Ronaldo Nazário, Sócrates, Taffarel (goleiro), Tostão, Túlio Maravilha, Vagner Love, Vavá, Zagalo, Zé Roberto, Zico, Zinho e Zito.

No futebol mundial, estrelas estrangeiras têm seu brilho ofuscado pelo brilho mais intenso de craques brasileiros, tanto no passado como no presente. A história é testemunha, abastecida por documentos e pelo conhecimento oriundo da tradição oral, escrita e audiovisual. Quando atuam brasileiros e estrangeiros de alto nível na mesma partida, quer na mesma equipe, quer em equipes adversárias, lado a lado ou se confrontando, a história registra brilho maior dos brasileiros. Os clubes da Europa estão coalhados de defensores, armadores e atacantes brasileiros, o que indica qualidade boa e diferencial. Raro encontrar na mesma partida, em equipes distintas, um exuberante Zidane aplicando chapéu num Ronaldo decadente. O grande número de vitórias e de boas colocações da seleção brasileira em campeonatos internacionais se deve ao nível de excelência dos jogadores brasileiros, apesar das ocasionais estiagens.  

Entre os estrangeiros bem cotados no cenário internacional não há inventor de jogadas, mas tão somente executores de jogadas inventadas pelos brasileiros. Além das jogadas citadas linhas atrás, inventadas por Friedenreich, Leônidas, Didi, Garrincha e Pelé, os estrangeiros imitam ou tentam imitar: (i) o drible elástico do Rivelino; (ii) o uso do calcanhar para executar passes, dribles e gols, inventado e popularizado por Sócrates; (iii) as pedaladas do Robinho. A pedalada – no singular – Garrincha a executava, porém, as pedaladas – no plural – para confundir o adversário, foram aplicadas por Robinho e imitadas nos campos de futebol do mundo.

Os inventores do “corta luz” e do “gol olímpico” são desconhecidos. Corta luz é finta sem tocar na bola que impede acesso ao adversário e o permite ao companheiro, mediante uso do corpo no mesmo lugar ou em deslocamento. Quando utilizada no passe, o primeiro receptor funciona como cortina: sem tocar na bola, deixa-a passar para um segundo receptor, enganando e surpreendendo o adversário. Gol olímpico resulta da cobrança do escanteio. Antes de 1924, não era válido. Nesse mesmo ano, após adquirir legitimidade, esse gol foi executado oficialmente pela primeira vez por Billy Alston, na Escócia, porém só recebeu o apelido de “olímpico” em 1928, no jogo do Vasco da Gama contra o clube uruguaio Montevideo Wanderes, vencido pelo clube brasileiro. Ao cobrar escanteio, Santana marcou o gol da vitória. Os uruguaios eram campeões olímpicos. Os brasileiros, por zombaria, apelidaram o gol de “olímpico”. Valeu como batismo. O nome ficou. Por ser de difícil execução e exigir perícia, esse gol é raro. Marcelinho Carioca e Roberto Carlos fizeram gols olímpicos jogando pelo Corinthians e Ronaldo Gaúcho pelo Flamengo. O sérvio Dejan Petkovic marcou nove gols olímpicos de 1999 a 2009, jogando pelo Vitória (Bahia), Flamengo e Fluminense.

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