domingo, 28 de setembro de 2014

ELEIÇÕES 2014 - III

Em período de campanha eleitoral os competidores usam expedientes escusos com o proposíto de desvalorizar as candidaturas adversárias. O discurso da presidente do Brasil na ONU serve de exemplo. Como ela é candidata à reeleição, acusaram-na de se aproveitar da ocasião (abertura dos trabalhos da assembléia geral das nações unidas) para fazer propaganda eleitoral. Se os candidatos da oposição estivessem no governo provavelmente fariam o mesmo que ela e até pior. Os adversários da presidente  estão se valendo de crítica artificiosa e maliciosa como propaganda em favor das suas próprias  candidaturas. A política partidária é córrego envenenado,  leito de todas as maldades. Os comentários oposicionistas sobre o discurso da presidente brotam do despeito dos seus autores.
O referido discurso foi adequado ao lugar e à ocasião. Forma protocolar neutra, desinteressada, conteúdo inexpressivo e inodoro, são características estranhas a esse tipo de discurso na ONU. Tanto o discurso da presidente do Brasil como o discurso do presidente dos EUA não tinham essas características. Considerando ser o Brasil potência mediana, relatar a situação atual do país é ato informativo e atencioso em uma assembléia dessa importância mundial. O Brasil mantém relações culturais e econômicas com outras nações. Aquele relatório cumpre a finalidade de levar confiança política e segurança jurídica aos acordos internacionais. Os seus reflexos internos e externos são inevitáveis. Abstraído o clima político interno, o discurso da presidente do Brasil se mostra em sintonia com os interesses da nação brasileira. A presidente mostrou à comunidade internacional - como era do seu dever - o que há de bom, bonito e construtivo na superfície. Não havia conveniência alguma em mostrar o que há de feio e fedorento no esgoto. 
A posição firme e absentista sobre a guerra na Síria, expressa no discurso, amolda-se aos princípios declarados na Constituição da República Federativa do Brasil no que tange às relações internacionais. O Estado brasileiro é contra a intervenção em outros Estados. O Brasil é a favor da paz, da autodeterminação e da independência das demais nações, princípios que não são respeitados pelo governo dos EUA e seus cúmplices. A posição política e jurídica do Estado brasileiro não significa apoio aos atos de crueldade, aos assassinatos e aos genocídios praticados pelo Estado Islâmico, pelo Estado Judeu, pelo Estado Cristão Protestante, ou por qualquer outro. 
Na democracia, a responsabilidade do eleitor é grande. No período eleitoral, o jovem e o adulto, o homem e a mulher, o cidadão e a cidadã, escolhem os dirigentes da sociedade política. Dessa escolha advirá o bom ou o mal governo. Por isto mesmo, o voto há de ser consciente. Votar para presidente da republica e para governador do estado é uma necessidade. O Estado Federal e o Estado Membro não podem ficar acéfalos. Votar para senador, deputado federal e deputado estadual na atual conjuntura brasileira, já é outra história. O Senado, a Câmara dos Deputados e as Assembléias Legislativas, foram transformados em usinas de megas safadezas. Portanto, podem ficar sem parlamentares por algum tempo. Temos leis de sobra. O mar de lama em que está mergulhada a política brasileira exige essa cautela. Para mudar a vergonhosa realidade, o eleitor deve negar o seu voto aos candidatos. O movimento das ruas em 2013 converter-se-á no movimento das urnas em 2014.
A polícia federal e o ministério público estão fazendo a sua parte no combate à corrupção. Agora é a vez de os eleitores participarem ativamente desse combate exercendo o seu poder político soberano. Frustrada a eleição parlamentar do próximo mês de outubro pela reação do povo, nova eleição será feita nos temos da lei com novos candidatos. Isto servirá de lição aos políticos corruptos, aos hipócritas e enganadores. Os partidos políticos ficarão advertidos de que o povo quer transparência, eficiência e  decência no trato dos assuntos da república. Os eleitores mostrarão que o povo brasileiro não está mais disposto a suportar patifarias praticadas na administração pública, como nos casos Petrobrás, Correios, Mensalão, concessionárias, agências reguladoras e outros.
Se for real e sincero o propósito de moralizar a atividade politica e administrativa do Brasil, o eleitor, então, não há de vacilar no uso do seu poder. A hora é esta. Avante brasileiros, com denodo! Abaixo o monopólio da representação popular pelos partidos políticos! Abaixo as quadrilhas de bandidos que infestam a vida pública brasileira! Abaixo o voto obrigatório! Mudança já!     

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