domingo, 15 de julho de 2018

FUTEBOL 8

14/07/2018. Partidas finais. Bélgica x Inglaterra (2 x 0). Disputaram o terceiro lugar. Vitória belga com um gol no primeiro tempo e outro no segundo. Vistoso desempenho dos belgas cuja equipe merece estar entre as melhores do mundo. Campanha elogiável com boas atuações e apenas uma derrota em 7 jogos. Destacaram-se Kompany e Hasard. Este último, autor do segundo gol, ao abusar dos dribles, deixou de prestar melhor assistência ao artilheiro Lukaku. Cheiro de boicote e de rivalidade interna. Ao ser substituído, o afrobelga foi para os vestiários ao invés de ficar no banco ao lado dos companheiros. Ele perdeu dois gols por não chutar de primeira. Aliás, isto se vê muito em seleções e clubes: jogadores que antes de chutar sentem a compulsão de dar dois ou três toques de arrumação na bola. Acabam perdendo a bola ou finalizando mal. Tanto o afrobelga Lukaku como o inglês Kane, ambos artilheiros desta copa, tiveram fraco desempenho na partida. Os ingleses exibiam-se pouco motivados, talvez decepcionados por não ganhar a taça. Todavia, no segundo tempo, empenharam-se mais e geraram situações de grave perigo à defesa belga. 
15/07/2018. França venceu a Croácia (4 x 2). Campeã (pela segunda vez) e vice-campeã (pela primeira vez) respectivamente. Os croatas tiveram como adversários os franceses e o árbitro argentino. França e Argentina são irmanadas pelo tango (e quiçá pelos euros, quem sabe?). No primeiro tempo, o árbitro propiciou os dois gols da seleção francesa, marcando faltas que não existiram. Cobrada a primeira pelo francês Griezmann, o croata Mandzukic cabeceou contra o seu próprio gol. A segunda falta caracterizou pênalti. Na pequena área, a bola bateu na mão do defensor croata (não intencional), mas o árbitro “interpretou” como se fosse mão na bola (intencional), depois de malandramente consultar o árbitro de vídeo. Pois, é. A tecnologia também pode ser usada para safadeza. Griezmann cobrou e marcou. Os croatas estiveram superiores aos franceses e marcaram o seu gol de forma legítima com belo chute de Perisic. No segundo tempo, todos os gols foram legítimos. Os dois franceses em contra-ataques. Pogba tenta duas vezes após bom trabalho coletivo e marca.  Depois de veloz e individual jogada de fora da grande área, Mbappe finalizou com êxito. Pelos croatas, Mandzukic marca aproveitando-se do exibicionismo do goleiro francês ao pretender devolver a bola com os pés aos companheiros. A briosa campanha dos croatas ficará na história das copas. Destacar algum jogador seria injusto para com os demais jogadores. Nenhum destaque também na seleção francesa. O esquema tático francês nivelou a atuação dos seus jogadores, principalmente no sistema defensivo, o que facilitou os contra-ataques quando os croatas se mostravam mais ofensivos.  
A melhor seleção da copa foi a belga por seu conjunto, seus valores individuais, sua capacidade de mudança tática com inteligência e eficiência, seu futebol moderno, misto de europeu e sul-americano. O pecado belga foi o mesmo das demais seleções: poucas finalizações, a maioria sem êxito. No futebol, a lógica às vezes engana. O imponderável decide. A equipe menos forte vence a mais forte, ou a equipe mais fraca vence a menos fraca, segundo o nível técnico alto ou baixo da competição.
No mundo esportivo também há fakenews, falsidades premeditadas na comunicação social (jornais, revistas, rádio, televisão) como a obrigatoriedade de silenciar sobre as deficiências das celebridades e só divulgar notícias e opiniões elogiosas. Perderá o emprego o jornalista que mencionar ato ou fato desprimoroso aos protegidos dos donos do dinheiro. Os patrocinadores (banqueiros, industriais, grandes comerciantes), os proprietários de empresas jornalísticas, os intermediários na compra e venda de jogadores, os diretores de clubes, todos protegem os seus negócios milionários ao blindar os seus pupilos. Impedem qualquer comentário que ameace a falsa e enganosa exaltação. Trabalham para lançar ao poço do esquecimento atletas que possam colocar os pupilos na sombra. Quem lembra daqueles, logo é apelidado ironicamente de “saudosista”. A verdade atrapalha os negócios. Se comparados com os autênticos gênios do futebol (Leônidas, Zizinho, Didi, Garrincha, Pelé, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Puskas, Di Stefano, Eusébio, Zidane) os pupilos atualmente exaltados pela média (mídia?) e protegidos pelos barões do esporte entrariam para a categoria dos “jênios” (bem humorada expressão do jornalista Paulo Henrique Amorim). Na verdade, os “jênios” são apenas bons jogadores se comparados com jogadores excepcionais como Friedenreich, Ademir Menezes, Heleno, Rivelino, P. C. Caju, Ademir da Guia, Zico, Sócrates, Ronaldo Nazário, Kócsis, Beckenbauer, Maradona, Valderrama, Beckham, Ibrahimovic, Iniesta, Pirlo, Sneijder, entre outros. 
Assim como a abertura, a cerimônia de encerramento desta copa mundial de futebol masculino foi muito bonita. Os russos merecem parabéns pela beleza e pela organização. A copa do mundo foi a oportunidade da Rússia mostrar ao mundo o seu lado alegre, musical, construtivo e civilizado. Até então, os amestrados meios de comunicação do Ocidente, orientados pelos EUA, mostravam em reportagens e filmes, um lado escuro e sombrio, numa versão tendenciosa e mentirosa como, aliás, continuam a fazer. Jornais e emissoras de rádio e televisão no Brasil e nas demais repúblicas de bananas da América do Sul continuam a atuar desse modo colonizado como, por exemplo, em relação à Venezuela, sob a batuta do governo estadunidense colonizador.

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