quarta-feira, 1 de novembro de 2017

NOBEL

Richard H. Thaler, estadunidense, professor universitário, 72 anos de idade, recebeu o Prêmio Nobel de Economia de 2017 por suas valiosas contribuições à economia comportamental, segundo opinião do comitê que administra a fundação sueca. Dos artigos publicados na rede de computadores, verifica-se que o premiado é autor da Teoria da Contabilidade Mental. De acordo com essa teoria, as escolhas e decisões do consumidor são irracionais, guiadas mais por fatores sociais e psicológicos do que por fatores lógicos. Diz ele: “Para fazer uma boa economia você deve ter em mente que as pessoas são humanas”. A frase faz sentido, apesar de pleonástica. No mundo das ideias e das crenças, além de pessoas humanas, há pessoas jurídicas, pessoas desencarnadas, pessoas da santíssima trindade.
O conselho do autor destina-se ao indivíduo e à empresa que operam na área econômica. Adverte que o consumidor não é máquina e sim pessoa com instinto, desejo, vontade, sentimento inteligência. Na atividade econômica devem ser aplicados conhecimentos psicológicos e sociológicos a fim de obter sucesso nas vendas. Da falta de atenção ao perfil psicológico e à situação social do consumidor pode resultar o insucesso do negócio. Dessa teoria, deduz-se que o consumidor não deve ser visto e tratado como um robô. No entanto, é preciso robotiza-lo, trabalhar as suas paixões mediante a propaganda liminar e subliminar para que ele assuma conduta simpática ao produto ofertado.
Ao ler a matéria, decidi concorrer ao Prêmio Nobel de 2018. Fá-lo-ei com o pseudônimo Mikael Konjinski, eis que o meu nome em português não soa convincente aos ouvidos do público nacional e estrangeiro. O momento é propício para ganhar o prêmio, pois o Brasil está à venda e há interesse dos compradores em agradar os brasileiros não só com diplomas honoris causa, mas também com euros e dólares. Para alcançar o meu objetivo, completarei dois estudos de alto valor prático e científico, sem abordagens filosóficas. Ambos estão devidamente patenteados nos registros públicos. Menciono-os a seguir, mas advirto: quem copiar ou plagiar será processado e na persecução criminal serão utilizados os métodos made in USA dos policiais, procuradores e juízes da operação lava-jato. Quem avisa, amigo é.  
Primeiro estudo. Reflexos do psiquismo humano na conduta social voltada para a aquisição de bens. A influência da propaganda subliminar no aumento do consumo nas sociedades em desenvolvimento negativo. O caso brasileiro.  
Segundo estudo. O fator psicossocial na relação venda X compra como determinante da escolha precedente ao negócio. O mecanismo orientador da psique humana nas relações mercantis e a sua repercussão na alma coletiva e no produto interno bruto (PIB). A neutralidade ideológica. O caso chinês.  
Nota-se, desde logo, que os dois estudos versam temas virgens sobre os quais ninguém pensou até hoje. Envolvem impulsos oriundos do subconsciente e do inconsciente que determinam as escolhas humanas. As variações do PIB estão em relação direta com a intensidade desses impulsos, o que explica a oscilação da hipotenusa no triangulo formado pela produção, circulação e consumo de bens. Assim, trago para o plano concreto da economia a verdade abstrata da geometria: o quadrado da hipotenusa corresponde efetivamente à soma dos quadrados dos catetos.    

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