sexta-feira, 22 de junho de 2012

PILULAS


Traumas do povo brasileiro. No século XIX: exílio de Pedro II. No século XX: anos 50: derrota na copa do mundo, mortes de Francisco Alves e de Getúlio Vargas. Anos 80: mortes de Tancredo Neves e de Ayrton Senna.

Alegrias da gente brasileira. No século XIX: chegada do rei de Portugal à colônia americana, independência da colônia e abolição da escravatura. No século XX, anos 40: fim da guerra mundial e regresso dos soldados brasileiros. Alguns ficaram no cemitério de Pistóia (Itália). Nos anos 50 e seguintes: vitórias nas copas do mundo de futebol de 1958, 1962, 1970 e 1994. Nos anos 80: fim da autocracia, eleições diretas em todos os níveis, promulgação da Constituição. No século XXI, ano 2002: vitória da seleção brasileira na copa do mundo de futebol; eleição de um operário à presidência da república.

Celebração. Hoje, 22 de junho de 2012, reúnem-se aqui em casa Jussara, minha esposa; Evandro, Gabriela e Rafael, meus filhos; Pedro, meu neto e Samantha, minha nora; para celebrar meus 73 anos de idade (22/06/1939). Ocasião rara. Sou refratário a esse tipo de comemoração. Pouquíssimas vezes houve, assim mesmo, de modo discreto no âmbito do lar. Na infância, em minha cidade natal (Ponta Grossa, Estado do Paraná) ainda havia bolo que minha mãe fazia muito bem. Depois que mudamos para Curitiba (1949) nunca mais. Tempos difíceis. Desde o curso primário até o curso universitário passei meus aniversários fazendo as provas escolares que antecediam as férias de julho. Não recebi brinquedos nem coisas supérfluas. Família numerosa e pobre. O afeto dos meus pais, dos meus irmãos, da minha esposa, dos meus filhos e neto, dos meus amigos e parentes, tem sido o presente que guardo no meu coração e pelo qual sempre agradeço a Deus. Faço o mesmo agradecimento pelo amor que recebi das minhas antigas namoradas, desde a primeira (menina do jardim de infância, aos 6 anos de idade) até a penúltima (irmã da fraternidade rosacruz, aos 31 anos). Casei com a última namorada, aos 32 anos. Dizem que a primeira namorada é inesquecível. Quanto a mim, lembro de todas, sem exceção e com ternura. Nos momentos semanais de recolhimento espiritual, agradeço a Deus também pelo bem querer dos meus irmãos da Ordem R+C, dos meus professores, dos meus colegas de bancos escolares, dos meus companheiros de boemia da época de solteiro e dos vizinhos nos diversos bairros das diferentes cidades em que morei. Incluo no agradecimento as pessoas com quem trabalhei, desde a infância até a maturidade, pela paciência que tiveram comigo, pelo saber que me transmitiram e pela estima que me devotaram. Agradeço a Deus pelo respeito e pela admiração que me dedicaram alunos da faculdade, colegas de toga, advogados, membros do ministério público, defensores públicos e serventuários. Dou graças a Deus pelos dons do meu ser e pelos bens que me foram confiados. A vida continua com saúde e boa dose de felicidade.

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