Traumas do povo brasileiro. No século XIX: exílio de Pedro II. No século XX:
anos 50: derrota na copa do mundo, mortes de Francisco Alves e de Getúlio
Vargas. Anos 80: mortes de Tancredo Neves e de Ayrton Senna.
Alegrias da
gente brasileira. No século XIX: chegada do rei de Portugal à colônia americana, independência
da colônia e abolição da escravatura. No século XX, anos 40: fim da guerra
mundial e regresso dos soldados brasileiros. Alguns ficaram no cemitério de
Pistóia (Itália). Nos anos 50 e seguintes: vitórias nas copas do mundo de
futebol de 1958, 1962, 1970 e 1994. Nos anos 80: fim da autocracia, eleições
diretas em todos os níveis, promulgação da Constituição. No século XXI, ano
2002: vitória da seleção brasileira na copa do mundo de futebol; eleição de um
operário à presidência da república.
Celebração. Hoje, 22 de junho de 2012, reúnem-se
aqui em casa Jussara,
minha esposa; Evandro, Gabriela e Rafael, meus filhos; Pedro, meu neto e
Samantha, minha nora; para celebrar meus 73 anos de idade (22/06/1939). Ocasião
rara. Sou refratário a esse tipo de comemoração. Pouquíssimas vezes houve,
assim mesmo, de modo discreto no âmbito do lar. Na infância, em minha cidade
natal (Ponta Grossa, Estado do Paraná) ainda havia bolo que minha mãe fazia muito
bem. Depois que mudamos para Curitiba (1949) nunca mais. Tempos difíceis. Desde
o curso primário até o curso universitário passei meus aniversários fazendo as provas
escolares que antecediam as férias de julho. Não recebi brinquedos nem coisas supérfluas.
Família numerosa e pobre. O afeto dos meus pais, dos meus irmãos, da minha
esposa, dos meus filhos e neto, dos meus amigos e parentes, tem sido o presente
que guardo no meu coração e pelo qual sempre agradeço a Deus. Faço o mesmo
agradecimento pelo amor que recebi das minhas antigas namoradas, desde a
primeira (menina do jardim de infância, aos 6 anos de idade) até a penúltima (irmã
da fraternidade rosacruz, aos 31 anos). Casei com a última namorada, aos 32
anos. Dizem que a primeira namorada é inesquecível. Quanto a mim, lembro de
todas, sem exceção e com ternura. Nos momentos semanais de recolhimento
espiritual, agradeço a Deus também pelo bem querer dos meus irmãos da Ordem
R+C, dos meus professores, dos meus colegas de bancos escolares, dos meus companheiros
de boemia da época de solteiro e dos vizinhos nos diversos bairros das
diferentes cidades em que morei. Incluo no agradecimento as pessoas com quem
trabalhei, desde a infância até a maturidade, pela paciência que tiveram
comigo, pelo saber que me transmitiram e pela estima que me devotaram. Agradeço
a Deus pelo respeito e pela admiração que me dedicaram alunos da faculdade,
colegas de toga, advogados, membros do ministério público, defensores públicos
e serventuários. Dou graças a Deus pelos dons do meu ser e pelos bens que me
foram confiados. A vida continua com saúde e boa dose de felicidade.
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