Das partidas finais dos
campeonatos estaduais verificou-se excelente nível do futebol brasileiro na
atualidade. Há prazer de assistir aos jogos. Parece que a fase das vacas magras
passou. Bom que assim seja, pois a copa do mundo está próxima e a seleção
brasileira poderá chegar, pelo menos, às partidas quartas de final. Melhor
colocação na copa de 2014 exigirá dos jogadores têmpera de aço, ressurreição
das “feras do Saldanha”, o que não se nota até o momento.
Há chance de o Fluminense, o Vasco,
o Corinthians e o Santos exibirem com êxito esse bom futebol na copa
Libertadores da América, ora nas quartas de final, se os jogadores mostrarem
firmeza, empenho do começo ao fim das partidas. Os jogadores brasileiros devem
se impor mesmo com placar adverso; esquecer a humildade, pois a confundem com
submissão; esquecer a arrogância, que os faz jogar de salto alto. Nada de
esmorecer nos minutos finais. Nada de se intimidar diante do Boca Juniors,
embora ver Riquelme jogar é sempre muito agradável; nem se intimidar diante dos
demais competidores: Libertad, Universidad de Chile e Vélez Sarsfield.
Este clube citado por último leva o nome de um grande
jurista e político argentino. Ao elaborar o código civil da Argentina, Vélez
Sarsfield adotou, confessadamente, o esboço de código civil do baiano Augusto
Teixeira de Freitas, um dos maiores juristas da história do direito. Obra
colossal, esse esboço (na verdade, um código completo sem promulgação oficial)
serviu à legislação civil de alguns países da América e da Europa, inclusive
Alemanha, de onde ricocheteou para o código civil brasileiro de 1916, elaborado
pelo cearense Clóvis Bevilácqua (outro gigante do direito ao lado do baiano Ruy
Barbosa e do alagoano Luis Cavalcanti Pontes de Miranda).
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