Principalmente depois que Romário
começou a se benzer a cada finalização bem ou mal executada, alguns jogadores
passaram a imitá-lo. Há os que foram além do sinal da cruz: rezam em campo
antes do início do primeiro e do segundo tempo. Ao comemorar o gol, há
jogadores que levantam os dois braços para o céu, como se estivessem agradecendo
à divindade ou aos santos. Os “evangélicos” (facção protestante) colocam deus nas
entrevistas, invariavelmente. A religião misturou-se com o esporte, como se
deus tomasse partido nas disputas. Os jogadores funcionam como propagandistas das
suas respectivas religiões. Há jogador que se ajoelha e se curva com as mãos à
frente assumindo posição muçulmana de prece e agradecimento a Alá. Difícil
saber se ele está orando na direção de Meca.
Nessas atitudes há mais
exibicionismo do que fé; mais hipocrisia do que sinceridade. As orientadoras
palavras atribuídas a Jesus, o Cristo, levam a desconfiar do árbitro e do
jogador que adotam esse tipo de comportamento.
Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé
nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em
verdade, eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando orares, entra no teu
quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar
oculto, recompensar-te-á. Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras,
como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força das palavras. Não os
imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho
peçais. Eis como deveis rezar: Pai
nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso
reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de
cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos
aos nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do
mal. (Evangelho segundo Mateus, 6: 5/13).
As manifestações de facciosa religiosidade tendem a
aumentar. Logo haverá grupo católico competindo ou desafiando grupo protestante
(ou “evangélico”) no interior do mesmo clube. Aliás, os denominados
“evangélicos” deviam intitular-se judeus,
porque seguem mais o antigo testamento (Moisés) do que o novo testamento
(Jesus); apóiam-se mais no pentateuco do que no evangelho; cultuam mais Jeová
(deus hebreu) do que o Pai Celestial (deus cristão). A seita protestante
denominada Testemunhas de Jeová, por
exemplo, deixa clara, já a partir do nome, a predominância do antigo testamento
no seu credo e a opção pelo culto ao cruel, genocida e satânico deus dos
hebreus (Jeová).
Nenhum comentário:
Postar um comentário