sábado, 5 de maio de 2012

FUTEBOL


Principalmente depois que Romário começou a se benzer a cada finalização bem ou mal executada, alguns jogadores passaram a imitá-lo. Há os que foram além do sinal da cruz: rezam em campo antes do início do primeiro e do segundo tempo. Ao comemorar o gol, há jogadores que levantam os dois braços para o céu, como se estivessem agradecendo à divindade ou aos santos. Os “evangélicos” (facção protestante) colocam deus nas entrevistas, invariavelmente. A religião misturou-se com o esporte, como se deus tomasse partido nas disputas. Os jogadores funcionam como propagandistas das suas respectivas religiões. Há jogador que se ajoelha e se curva com as mãos à frente assumindo posição muçulmana de prece e agradecimento a Alá. Difícil saber se ele está orando na direção de Meca.

Nessas atitudes há mais exibicionismo do que fé; mais hipocrisia do que sinceridade. As orientadoras palavras atribuídas a Jesus, o Cristo, levam a desconfiar do árbitro e do jogador que adotam esse tipo de comportamento.

Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade, eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á. Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força das palavras. Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais. Eis como deveis rezar: Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. (Evangelho segundo Mateus, 6: 5/13).

As manifestações de facciosa religiosidade tendem a aumentar. Logo haverá grupo católico competindo ou desafiando grupo protestante (ou “evangélico”) no interior do mesmo clube. Aliás, os denominados “evangélicos” deviam intitular-se judeus, porque seguem mais o antigo testamento (Moisés) do que o novo testamento (Jesus); apóiam-se mais no pentateuco do que no evangelho; cultuam mais Jeová (deus hebreu) do que o Pai Celestial (deus cristão). A seita protestante denominada Testemunhas de Jeová, por exemplo, deixa clara, já a partir do nome, a predominância do antigo testamento no seu credo e a opção pelo culto ao cruel, genocida e satânico deus dos hebreus (Jeová).

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