terça-feira, 13 de julho de 2010

VIAGEM

DIÁRIO DE VIAGEM I

Aeroporto Tom Jobim. 19,25. Horário de Brasília. Rio de Janeiro, 24 de junho de 2010.
Jussara e eu nos apresentamos para o check-in. Graças à minha idade e à lei brasileira, tivemos prioridade. Passamos pela inspeção policial sem qualquer óbice. Embarcamos na aeronave da Ibéria. 10 horas de viagem tranqüila.

Aeroporto de Barajas. 10,15. Horário europeu. Madri, 25 de junho de 2010.
Passaportes examinados com muita simpatia. Nossa bagagem de mão sequer foi inspecionada. Seguindo o conselho do nosso filho Rafael, utilizamos duas malas pequenas (50 x 40 x 30) exclusivamente, uma para mim e outra para Jussara. Desse modo, não foi necessário usar o bagageiro inferior do avião e ficar aguardando malas na chegada. Rafael lá estava a nos esperar. Acenou. Trocamos saudosos abraços. Tomamos o trem interno que nos levou até a saída do aeroporto. Alugamos o taxi que nos deixou no hotel Hight Tech Clíper Gran Via, centro de Madri. Rafael reservara quartos para nós em hotéis de Madri, Oslo e Paris. Instalamo-nos, tomamos banho, mudamos de roupa e saímos a passear pela cidade. Largas e asfaltadas avenidas nas artérias principais. Estreitas ruas secundárias pavimentadas com pedras. Praças espaçosas com piso de pedras e cimento, monumentos a reis, heróis e episódios históricos. Em algumas praças ajardinadas e arborizadas as pessoas sentam ou deitam sobre a grama. Arquitetura antiga e moderna. Edifícios residenciais de poucos andares, estilo ibérico, exibem sacadas floridas. Movimento intenso de pessoas nas ruas, bares e restaurantes. A crise econômica não transparece. Atmosfera leve e amigável. De um modo geral, pessoas simples, educadas e atenciosas com os turistas. Temperatura moderada apesar do verão. Noite segundo o relógio até por volta das 22,00 horas quando, então, começa a noite segundo a natureza e escurece. Assistimos ao jogo de futebol Brasil x Portugal. Conhecemos a escola em que Rafael cursou o mestrado em publicidade. Em sua casa, ele nos mostrou o diploma. Eu e Jussara ficamos contentes. Rafael mora perto dessa escola, no segundo andar de um edifício de três andares, sem elevador, escada com estrutura metálica e degraus de madeira. Divide o apartamento com outras pessoas (três quartos privativos e, em comum: sala, cozinha, banheiro e área de serviço). Aluguel rateado. Nessa rua fazem ponto duas ou três prostitutas sem que os moradores se incomodem. As prostitutas mais novas circulam logo acima, em uma das principais artérias de Madri denominada Gran Via. Rafael nos levou ao Restaurante Botin, fundado em 1725, o mais antigo do mundo, segundo os espanhóis. Acolhedor, no pequeno e bem aproveitado espaço, ocupamos mesa na parte superior. Refeição deliciosa. Aliás, come-se muito bem não só em Madri, como também em Toledo e Barcelona. Variamos de restaurantes sem repetir um só. Compramos bons e bonitos óculos de sol durante o nosso passeio. Aproveitamos o conforto do trem de alta velocidade e visitamos a histórica Toledo (26/06/2010). Ali fotografamos versos de Cervantes gravados em louça branca e letras azuis, moldura cimentada no muro defronte ao portal de entrada: “Qué tengo de despedirme / de ver al Tajo dorado? / Qué há de quedar mi ganado / y yo triste he de partirme? / Qué estos árboles sombrios / y estos anchos verdes prados / no serán ya más mirados / de los tristes ojos mios?”. De novo em Madri, tomamos o trem de alta velocidade para Barcelona, no litoral do Mar Mediterrâneo e caminhamos à margem das suas praias (27/06/2010). Tiramos fotografias da igreja projetada por Gaudi, famoso arquiteto catalão. Em cada uma dessas cidades nós almoçávamos nos locais que nos agradavam. Voltávamos no mesmo dia e jantávamos em Madri. Compras estavam fora de cogitação, embora, por curiosidade, olhássemos as vitrines. Nosso objetivo era passear, conhecer as cidades, observar as pessoas. Lazer sem objetivo cultural específico e sem correria por atrações turísticas. Em Madri, cobrimos algumas distâncias de trem metropolitano. Isto permitiu proveitosa circulação.

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