quinta-feira, 13 de outubro de 2022

VIDA POLÍTICA

Política tem o prático sentido de ser o modo de vida de um ente social coletivo organizado com regras, métodos e meios para realizar os seus objetivos interna e externamente. Esse ente coletivo pode ser a família, a cidade, o estado, a empresa, o sindicato, a universidade, a igreja. 
A política afeta a vida de todos os integrantes do ente coletivo. Política eclesiástica afeta a vida dos sacerdotes, pastores, missionários e crentes; regula os serviços religiosos; cuida do patrimônio da igreja e da sua expansão; disciplina as suas relações com a sociedade e o estado. Política empresarial afeta a vida dos proprietários, empregados, fornecedores, consumidores; estabelece modos de negociação e de cumprimento das finalidades estatutárias; decide sobre o capital, investimentos, aquisição e alienação de bens, contratação de pessoal. Política estatal afeta a vida das pessoas físicas e jurídicas sob a jurisdição do estado; estabelece regras e estratégias para consecução dos objetivos nacionais; orienta o funcionamento do congresso nacional, da presidência da república, dos tribunais, ministério público, defensoria pública, forças armadas, empresa pública; indica os meios para assegurar o bem-estar geral e a eficácia dos direitos; cuida da segurança interna e externa; traça diretrizes para o desenvolvimento social e econômico; indica as linhas a serem seguidas nas relações internacionais. 
A vida política tem dimensão moral bipolar: honestidade e desonestidade, bondade e maldade, justiça e injustiça, verdade e falsidade. Nos países subdesenvolvidos, a vida política se depara com a insuficiência de renda, de alimento e moradia; precariedade dos serviços de saúde, educação, transporte e assistência social; debilidade do setor produtivo e da proteção e conservação do meio ambiente. A necessidade dos pobres e enfermos supera qualquer veleidade moral no ato de votar. Prevalecem os sentimentos de abandono e de impotência provocados pela falta de recursos materiais e pelo aguilhão da desigualdade, da enfermidade, da dor vivenciada. O desprezo pelo aspecto moral das escolhas ocorre também nas camadas remediadas e ricas da sociedade por distintos motivos e interesses. 
A república exige honestidade dos governantes (legisladores, chefes de governo, juízes), dos servidores civis e militares e do povo em geral. As eleições para cargos públicos funcionam como radiografia da estrutura moral do eleitorado. Considerando que o eleitorado constitui o círculo político ativo da sociedade, as eleições funcionam como radiografia da estrutura moral dessa mesma sociedade. Adultos de ambos os sexos escolhem os candidatos afinados com os seus parâmetros estéticos, intelectuais, morais e religiosos. Eleitores honestos e trabalhadores escolhem candidatos honestos e trabalhadores; eleitores desonestos e vagabundos escolhem candidatos desonestos e vagabundos. O eleitor escolhe o candidato à sua imagem e semelhança. Essa regra social genérica comporta exceções como, por exemplo, o eleitor enganado por notícias falsas ou por propagandas mentirosas. 
No Brasil, disputam a presidência da república: 1. O atual presidente, autocrata, deficiente moral, insensível à vida e à dor das pessoas, mostrou-se incapaz de bem administrar o país e de bem cuidar do povo. 2. O antigo presidene, democrata, moralmente idôneo, sensível à vida e à dor das pessoas, mostrou-se capaz de bem administrar o estado e de bem cuidar do povo quando exerceu a presidência. 
O setor religioso, com ênfase na ala protestante do cristianismo, despertou o interesse dos candidatos. O ramo neopentecostal do protestantismo cujos adeptos intitulam-se “evangélicos”, vinculou-se à política partidária. Os seus bispos e pastores, cativos dos bens materiais, mostram-se farsantes no que concerne ao evangelho, palavra de origem grega (eu-angelion) que significa “boa nova”. A Bíblia contém dois evangelhos: 1. A “boa nova” trazida aos hebreus-egípcios pelo príncipe egípcio chamado Moisés, que os tirou do Egito, onde estavam há 450 anos, e os levou para o deserto onde, a fio de espada, impôs a eles o monoteísmo do faraó Aquenaton (Amenhotep IV). 2. A “boa nova” trazida aos hebreus-palestinos (judeus ortodoxos, 2 tribos + israelitas heterodoxos,10 tribos = 12 tribos) pelo profeta israelita da Galiléia (região Norte da Palestina) chamado Yoshua = Jesus = o Cristo = o ungido da seita nazarena. Entre outras coisas, esse profeta contrariou dogmas judaicos, ofendeu autoridades judias, provocou tumulto, espancou os comerciantes na entrada do templo. A seguir, foi preso pela milícia do templo. O tribunal judeu em Jerusalém, na Judéia (região Sul da Palestina), condenou-o à morte. A pedido da autoriade judia, a sentença foi executada pela autoridade romana porque a Palestina estava sob o domínio de Roma. 
“Evangélicos”, antipetistas e nazifascistas, somam os 51 milhões de eleitores que, no primeiro turno, votaram no autocrata (outubro/2022). Da numerosa e violenta facção nazifascista fazem parte: “evangélicos”, fieis de outras religiões, maçons, ateus e antipetistas em geral. 


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