terça-feira, 9 de janeiro de 2018

LULA

ERAS.
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é admirado e reconhecido internacionalmente como grande estadista. Ele e Getúlio Vargas são os dois maiores estadistas do período republicano da história do Brasil. A maioria dos brasileiros também o admira, principalmente os pobres. Ele é odiado e vilipendiado por parcela da população constituída de civis e militares inclinados à direita do espectro político. Líder autêntico dos trabalhadores na luta contra a ditadura, Lula é invejado em razão dessa liderança e do sucesso nacional e internacional do seu governo (2003-2010). O maior dos invejosos atende pelo nome de Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente que se esforçou para acabar com a ERA VARGAS e agora se esforça para obstruir a ERA LULA.
Mesquinho, traiçoeiro, FH Cardoso pretendia ocupar o lugar de Vargas na memória nacional. Pretende agora barrar Lula. Ele cospe no prato que comeu. Ao regressar do seu voluntário e dourado exílio parisiense (até nisto foi enganador) esse pilantra recebeu ajuda de Lula. Sendo de direita, “um dos nossos”, como disse o general Figueiredo, ele se apresentou como sendo de esquerda. Pústula da política brasileira, esse tucano mistificador ofendeu os aposentados, desprezou os pobres e enganou os militares nacionalistas. Serviu-se do canal de corrupção apelidado propinoduto e encheu de dinheiro o seu cofre com a venda do patrimônio econômico e estratégico do Brasil. No panteão dos larápios da república, FH Cardoso destaca-se ao lado de presidentes, governadores e parlamentares famosos pela gatunagem. Extremamente vaidoso, ele ansiava por títulos de doutor honoris causa das universidades europeias. Da Sorbonne, título que mais ambicionava, ele nada obteve. Adúltero, narcisista, FH Cardoso estava, intelectual e moralmente, abaixo da sua primeira esposa. O camaleão FH Cardoso e a sua corriola, derrotados nas urnas (2014), deram o golpe que estremeceu a democracia brasileira, fez tabula rasa dos votos de mais de 54 milhões de eleitores e colocou uma quadrilha de ladrões no governo, tudo sob os auspícios do governo e das corporações dos EUA. 

JULGAMENTO.
Alvo de implacável e injusta perseguição promovida pela escória da nação, Lula foi condenado na primeira instância de um fraudulento e dreyfusiano processo. Apelou para o tribunal federal sediado em Porto Alegre/RS. O julgamento do recurso está marcado para 24/01/2018. A presença do réu é facultativa. A militância dos partidos de esquerda movimenta-se para comparecer à capital gaúcha e acompanhar de perto a sessão do julgamento. Na opinião geral, a sentença condenatória será confirmada ante o caráter político da ação penal e o fascismo reinante na justiça federal.
Essa opinião merece abrandamento. Será que todos os juízes federais são fascistas? Será que todos são adeptos dos partidos de direita e venais praticantes do lawfare? Levianos que julgam por antipatia e têm o desplante de condenar quando as provas são insuficientes ou sequer existem? Nenhum deles honra a toga de magistrado? Todos desprovidos de autoridade moral?
A generalização afigura-se descabida. Há juízes honestos, imparciais, independentes, serenos, operosos, democratas. A celeridade anormal dos trâmites processuais justifica-se diante da tensão social que o caso provoca e da importância do seu breve desate para o processo eleitoral de 2018. Diante dos sombrios antecedentes de Curitiba, os simpatizantes de Lula receiam que o julgamento seja político, com a eiva de parcialidade e prisão. Isto dificilmente acontecerá. Nem todos os juízes têm a deficiência ética e as limitações lógica e cultural do inquisidor de Curitiba. A incompetência do foro (paranaense), a atipicidade da conduta (do réu) e a debilidade da prova (dos autos) são notórias e evidentes. O processo pode ser anulado e enviado ao foro competente (paulista) ou, então, o réu absolvido desde logo. Os juízes do tribunal conhecem o direito. Cônscios da repercussão do caso, já elaboraram os seus votos, quiçá anulando o processo ou absolvendo o réu. Quem sabe? No momento, os votos estão sob sigilo. Até a sessão do julgamento, ficam sujeitos a mudança. Pode haver divergência conforme já aconteceu na turma julgadora: o relator vota pela confirmação da sentença e o revisor e o vogal votam pela reforma. A hipótese de unanimidade parece remota. Válida, entretanto, a pacífica e democrática manifestação popular. 

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