O jogo entre as seleções de futebol feminino do Brasil
e da Austrália (21/06/2015) foi de poucas finalizações e de muitos desarmes;
bola muito disputada e passes errados. No segundo tempo, a australiana marcou o
gol da vitória, o primeiro e único sofrido pela seleção brasileira durante toda
a competição. Fim da copa para as brasileiras. As australianas classificaram-se
para a fase seguinte da copa (quartas-de-final). Tem sido muito mais agradável
assistir às partidas do futebol feminino do que às partidas do futebol
masculino.
No jogo da seleção brasileira de futebol masculino
contra a seleção colombiana pela Copa América (17/06/2015), o jogador Neymar
foi punido com cartão amarelo por faltas cometidas. Além disto, terminada a
partida, ele foi punido com cartão vermelho. Insatisfeito, ofendeu física e
moralmente o árbitro no túnel que leva aos vestiários. Recebeu da entidade
esportiva responsável pelo torneio (CONMEBOL) a merecida punição na medida
certa (suspensão e multa). O vergonhoso episódio repercutiu no mundo esportivo.
A entidade esportiva brasileira (CBF) tomou a decisão correta ao deixar de
recorrer da pena aplicada ao infrator das regras. Se a seleção brasileira
classificar-se para a partida final da Copa América, a pena de suspensão de quatro
partidas estará plenamente cumprida e o jogador apenado poderá participar dos
jogos do próximo torneio internacional. Caso contrário, o jogador poderá ficar
devendo: (i) duas partidas, se a seleção não passar para fase semifinal desta
copa, hipótese em que ele não poderá atuar nos dois primeiros jogos das
eliminatórias para a copa do mundo de 2018; (ii) uma partida, se a seleção não
se classificar para a final, hipótese em que ele não poderá atuar no primeiro
jogo das citadas eliminatórias.
O comportamento desse jogador não é o que se espera do
capitão de qualquer equipe. O fato de ser bom jogador não significa aptidão
para usar a braçadeira de capitão. Leônidas, Didi, Garrincha e Pelé, maiores
jogadores de futebol de todos os tempos, não foram capitães das seleções brasileiras.
Apesar da personalidade forte, da seriedade em campo e da excelência técnica,
Gerson, Rivelino e Romário também não foram capitães das seleções em que
atuaram.
A atuação de Neymar tem sido a de um moleque, tanto no significado jocoso
como no sentido censurável do vocábulo. O treinador equivocou-se ao conceder a
braçadeira de capitão a um moleque. Thiago Silva também se equivocou ao dedicar,
a esse moleque, o gol que marcou na partida seguinte (21/06/2015). O gesto de
Thiago foi visto por milhões de espectadores e ajudou a fortalecer a imagem do
Brasil como paraíso da corrupção, país em que os espertos dribladores da
legalidade são elogiados e admirados. Em nação que respeita a si própria, os
agentes de condutas contrárias à moral e ao direito são alvos de repúdio, não
merecem aplauso ou solidariedade e, tampouco, são colocados no Olimpo. O
jogador homenageado por Thiago violou a ética e a lei; mostrou falta de disciplina
e de espírito esportivo.
Sem Pelé, a seleção brasileira venceu a copa do mundo
em 1962, graças à presença de Garrincha, Didi e Amarildo. Sem Romário, a
seleção brasileira perdeu a copa do mundo de 1998, porém ganhou a de 2002, graças
à presença de Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldos (Nazário e Gaúcho). Sem
Neymar, a seleção brasileira perdeu a copa do mundo de 2014, mas venceu a
seleção venezuelana na Copa América (2 x 1) classificou-se para a fase seguinte
da competição (quartas-de-final) quando disputará com a seleção paraguaia um
lugar na fase semifinal (27/06/2015). Para as partidas semifinais já se
classificaram: a seleção do Chile, ao vencer a do Uruguai (1 x 0) e a seleção do
Peru ao vencer a da Bolívia (3 x 1). Ao se encerrar a fase das quartas-de-final
sobrarão, portanto, quatro seleções para disputar os três primeiros lugares da
competição: Chile + Peru + Argentina ou Colômbia + Brasil ou Paraguai.
O equilíbrio de força e técnica entre as equipes
participantes desta edição da Copa América vem demonstrado pela magreza dos
resultados. A única goleada ocorreu na partida entre as seleções do Chile e da
Bolívia (5 x 0). No decorrer da competição foram vistos empates, escores
mínimos, poucas jogadas primorosas, muitos erros nos passes e nas finalizações
e algumas faltas violentas de fazer inveja aos jogadores da várzea. Da
pancadaria no jogo entre as seleções do Chile e do Uruguai, resultou a expulsão
de dois jogadores uruguaios. No jogo entre as seleções da Bolívia e do Peru
ninguém foi expulso, apesar da pancadaria. Não será surpresa, pois, se a seleção da Colômbia vencer a
da Argentina e a seleção do Paraguai vencer a do Brasil; estará tudo no padrão.
Observação final. O craque Ronaldo Gaúcho não foi
convocado para esta e para seleções anteriores por indisciplina fora do campo.
O jogador Neymar foi excluído da seleção por indisciplina dentro do campo. A
falta de disciplina tem atrapalhado a carreira de alguns jogadores no Brasil.
Felizmente, temos craques sobrando. Temos?
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