No jogo amistoso contra a seleção
do México, na arena do Palmeiras, em São Paulo (07/06/2015), a seleção brasileira de
futebol masculino se apresentou de modo satisfatório e venceu (2 x 0). Esse bom
desempenho ajuda a aumentar a confiança dos jogadores no seu potencial e da
torcida na sua seleção. O primeiro gol da seleção brasileira contou com a
habilidade e a inteligência de Coutinho. Todos imaginavam que o atacante, junto
à linha de fundo, iria cruzar a bola para o centro da área. Ao se preparar para
cortar o esperado passe, o goleiro abriu pequena brecha entre ele e a trave.
Coutinho se aproveitou disto e chutou diretamente para o gol. O segundo gol
resultou de excelente jogada coletiva dos brasileiros e do oportunismo de
Tardelli que entrou na área surpreendendo a defesa. Durante a partida, Tardelli
se movimentou entre a linha intermediária do campo e a área adversária, sem se
fixar em determinada posição, o que dificultou a ação defensiva dos mexicanos.
O modismo de “jogador referência” na área adversária é uma tolice. O treinador
corrigiu a falha anterior e orientou o ataque pelos dois lados da quadra:
esquerdo e direito, além do centro. Isto força a equipe adversária a espalhar
os seus defensores e facilita a penetração dos atacantes brasileiros.
Parafraseando o mestre Didi,
amistoso é amistoso, campeonato é campeonato. O amistoso entre as seleções do
Peru e do México exibiu um futebol mediano. Jogando contra a seleção
brasileira, a mexicana melhorou o seu desempenho. Quando jogar com todos os seus
titulares, provavelmente a mexicana terá um desempenho ainda melhor. A seleção
brasileira apresentou-se com a alma coletiva que lhe faltava. Os jogadores
estavam unidos e dispostos a vencer sem estrelismo individual. Na quadra não
havia estrelas de primeira grandeza, felizmente. Os jogadores mostraram
condições de atuar sem desequilíbrio emocional e técnico na hipótese de Neymar
ficar fora de alguma partida. Fernandinho moderou a violência. David Luiz deve
fazer o mesmo; controlar os nervos. Jefferson deve se manter aquecido e atento.
A seleção ainda poderá contar com a experiência e a habilidade técnica de
Robinho e a eficiência de Thiago Silva na zaga. O desastre germânico de 2014
certamente não se repetirá.
O treinador é um dos melhores do
Brasil. O sucesso da seleção dependerá dos 11 jogadores em campo e não mais de
um só. Até porque, Neymar ainda está longe do nível de Pelé, Garrincha, ou
Romário, salvo para a imprensa tupiniquim sensacionalista e bajuladora, para o
marketing empresarial e para alguns crédulos torcedores. Trata-se de um bom
jogador, acima da média, que sabe driblar e fazer gols à semelhança do
argentino Messi, outro produto das tramóias da FIFA para eleger “o melhor
jogador do mundo”. Já foi dito aqui neste espaço: o melhor jogador do mundo é
revelado a cada quatro anos após excelente atuação durante a copa do mundo.
Reconhecimento pelo público e não pela FIFA. Tal excelência em copas do mundo
nunca foi exibida por Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar. Neste sentido, por
exemplo, mereciam o título de melhor jogador: o holandês Sneijder e o espanhol
Iniesta, na copa de 2010; o holandês Robben e o alemão Kroos, na copa de
2014.
Quando se iniciar a disputa pela Copa da América,
agora em junho de 2015, veremos, sem as lentes alheias, a real situação técnica
de todas as equipes, os esquemas táticos, o real desempenho de cada seleção, as
habilidades de cada jogador. As especulações e suposições darão lugar à
realidade e à certeza.
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