segunda-feira, 8 de junho de 2015

FUTEBOL


No jogo amistoso contra a seleção do México, na arena do Palmeiras, em São Paulo (07/06/2015), a seleção brasileira de futebol masculino se apresentou de modo satisfatório e venceu (2 x 0). Esse bom desempenho ajuda a aumentar a confiança dos jogadores no seu potencial e da torcida na sua seleção. O primeiro gol da seleção brasileira contou com a habilidade e a inteligência de Coutinho. Todos imaginavam que o atacante, junto à linha de fundo, iria cruzar a bola para o centro da área. Ao se preparar para cortar o esperado passe, o goleiro abriu pequena brecha entre ele e a trave. Coutinho se aproveitou disto e chutou diretamente para o gol. O segundo gol resultou de excelente jogada coletiva dos brasileiros e do oportunismo de Tardelli que entrou na área surpreendendo a defesa. Durante a partida, Tardelli se movimentou entre a linha intermediária do campo e a área adversária, sem se fixar em determinada posição, o que dificultou a ação defensiva dos mexicanos. O modismo de “jogador referência” na área adversária é uma tolice. O treinador corrigiu a falha anterior e orientou o ataque pelos dois lados da quadra: esquerdo e direito, além do centro. Isto força a equipe adversária a espalhar os seus defensores e facilita a penetração dos atacantes brasileiros.  

Parafraseando o mestre Didi, amistoso é amistoso, campeonato é campeonato. O amistoso entre as seleções do Peru e do México exibiu um futebol mediano. Jogando contra a seleção brasileira, a mexicana melhorou o seu desempenho. Quando jogar com todos os seus titulares, provavelmente a mexicana terá um desempenho ainda melhor. A seleção brasileira apresentou-se com a alma coletiva que lhe faltava. Os jogadores estavam unidos e dispostos a vencer sem estrelismo individual. Na quadra não havia estrelas de primeira grandeza, felizmente. Os jogadores mostraram condições de atuar sem desequilíbrio emocional e técnico na hipótese de Neymar ficar fora de alguma partida. Fernandinho moderou a violência. David Luiz deve fazer o mesmo; controlar os nervos. Jefferson deve se manter aquecido e atento. A seleção ainda poderá contar com a experiência e a habilidade técnica de Robinho e a eficiência de Thiago Silva na zaga. O desastre germânico de 2014 certamente não se repetirá.

O treinador é um dos melhores do Brasil. O sucesso da seleção dependerá dos 11 jogadores em campo e não mais de um só. Até porque, Neymar ainda está longe do nível de Pelé, Garrincha, ou Romário, salvo para a imprensa tupiniquim sensacionalista e bajuladora, para o marketing empresarial e para alguns crédulos torcedores. Trata-se de um bom jogador, acima da média, que sabe driblar e fazer gols à semelhança do argentino Messi, outro produto das tramóias da FIFA para eleger “o melhor jogador do mundo”. Já foi dito aqui neste espaço: o melhor jogador do mundo é revelado a cada quatro anos após excelente atuação durante a copa do mundo. Reconhecimento pelo público e não pela FIFA. Tal excelência em copas do mundo nunca foi exibida por Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar. Neste sentido, por exemplo, mereciam o título de melhor jogador: o holandês Sneijder e o espanhol Iniesta, na copa de 2010; o holandês Robben e o alemão Kroos, na copa de 2014.     

Quando se iniciar a disputa pela Copa da América, agora em junho de 2015, veremos, sem as lentes alheias, a real situação técnica de todas as equipes, os esquemas táticos, o real desempenho de cada seleção, as habilidades de cada jogador. As especulações e suposições darão lugar à realidade e à certeza.

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