quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VIAGEM

Viagem a Curitiba-PR.
Saída: 29-12-2010 – 08,30 horas.
Chegada: 29-12-2010 – 19,00 horas.
Retorno: 07-01-2011 – 07,30 horas.
Chegada: 07-01-2011 – 16,00 horas.
Meio de transporte: Automóvel Ford EcoSport 2007.
Viagem tranqüila. Tempo bom na maior parte do itinerário. Trânsito lento na Serra do Cafezal, do quilômetro 331 ao quilômetro 343 da rodovia Régis Bittencourt, por ser pista única e de mão dupla. A descida da serra no sentido São Paulo/Curitiba é demorada; as chances de ultrapassar os caminhões são mínimas e arriscadas; dupla é a faixa amarela divisória pintada na pista; esse tipo de faixa contínua veda ultrapassagens; a prudência recomenda evitá-las e aguardar o final do trecho, quando começam as duas pistas. A subida é mais rápida, porque há pistas adicionais para tráfego de veículos leves. Na ida, utilizamos as rodovias Dutra, Carvalho Pinto (entrada em Taubaté/SP), Ayrton Senna, Marginal Tietê, Castelo Branco/rodoanel e Régis Bittencourt. Jussara e eu nos revezávamos na boléia a cada duas horas. Para abastecer o automóvel e os nossos estômagos e atender às exigências fisiológicas dos nossos organismos, paramos na Carvalho Pinto (Frango Assado, 30 minutos); em Itapecerica da Serra (15 minutos); em Registro (Graal, 30 minutos). Na volta, com a mesma finalidade, paramos em Registro (30 minutos), em Itapecerica da Serra (30 minutos) e em Jacareí (30 minutos). Utilizamos a rodovia Régis Bittencourt, o Rodoanel Mário Covas (entrada em Embu), a marginal Tietê e a rodovia Dutra. O percurso foi sob dia ensolarado até Penedo (Itatiaia/RJ). Na saída de Curitiba, o céu estava nublado e a temperatura agradável. Jussara ao volante. Revezamos em Registro. Ela reassumiu a direção em Itapecerica da Serra e não largou mais até chegarmos a Penedo. Grande façanha. O revezamento previsto em Jacareí não aconteceu. Após o lanche, ela manifestou a vontade de continuar dirigindo. Então, voltei ao banheiro do estabelecimento (Frango Assado) tirei o tênis e a calça comprida, coloquei chinelos e bermudas e vim apreciando a paisagem. Jussara na boléia, olhos fixos na estrada, não lê as placas oficiais colocadas na pista. Algumas vezes, principalmente no rodoanel, no caminho para a marginal Tietê e para a rodovia Dutra, tive de avisá-la em cima do laço, sobre a direção a ser tomada e o limite de velocidade. Durante todo o percurso tive de adverti-la sobre avisos de baixa velocidade ao passar pelos postos policiais. No banco do carona, a Jussara, como se estivesse parindo, geme, aperta-se, estica-se, pendura-se na alça interna sobre a porta lateral, sempre que cruzamos com caminhões e ônibus ou os ultrapassamos. O mesmo acontece quando entro nas curvas ou faço manobras perfeitamente compatíveis com o trânsito local (velocidade mínima de 40 km/h, máxima de 110 km/h, média de 80 km/h). Quando está no banco do motorista, Jussara se solta, encarna o espírito do Fittipaldi ou do Senna, manda brasa. Quanto a mim, no banco do carona, sobram calafrios, porém fico mudo, aparentando calma, sem qualquer censura. Aborrecer a quem está dirigindo é um perigo. Nas paradas, a gente conversa com calma, sem irritação.

O nosso propósito foi o de passar o fim de ano com a dona Isaura, mãe de Jussara (portanto, minha sogra, 86 anos de idade, que reside no Jardim das Américas, em Curitiba). Tão logo chegamos, o tempo mudou. O calor cedeu lugar ao frio e à chuva. Jussara, apesar de curitibana, esqueceu de levar roupa de inverno para passar o verão em Curitiba. Resfriou-se. Gripe mal curada retorna. Ficou indisposta para passeios. Ficamos hibernando quatro dias na casa da sogra. Apesar da baixa temperatura, caminhei todas as manhãs pelo bairro para movimentar o corpo. Ao terminar a primeira caminhada, deparei-me com o meu primo Emerson a cortar grama do jardim da sua casa. Pedi-lhe informações. Ele não me reconheceu. Depois, ele explicou que por estar eu a pé, de chapéu panamá, óculos escuros, bermudas, sandálias, o reconhecimento imediato ficou difícil, até porque ele não imaginava o primo que mora no Rio de Janeiro, ali à sua frente, no portão da sua casa. Emerson é casado com a minha prima Cristina. Ela surgiu na porta e veio ao nosso encontro alegre e sorridente, seguida do irmão dela, o primo João Gilberto. Trocamos abraços ali mesmo. Entramos na casa, conversamos e tomamos algumas latas de cerveja para comemorar o encontro. Prometi voltar com a Jussara em dia próximo.

Sexta feira (31/12/2011). Dona Isaura, Jussara e eu, consumimos a ceia da meia noite por volta das vinte e duas horas. Somadas as idades resultam 218 anos, o que justifica a impaciência. Assistimos a queima de fogos pela TV. Trocamos abraços de feliz ano novo e fomos dormir. Esquecemos de abrir o champanhe. Trouxe-o de volta a Penedo. Se não houver esquecimento, podemos tomá-lo na Páscoa ou no próximo Natal.

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