segunda-feira, 31 de março de 2008

Reforma política

Emenda constitucional deverá assimilar a modificação ditada pelo povo e criar, inclusive, um Conselho Eleitoral, como órgão soberano da sociedade civil, competente para fiscalizar os senadores e revogar os mandatos daqueles que se mostrarem indignos. A sociedade civil deve tomar as rédeas da reforma política, da moralização dos costumes, dos pontos fundamentais para tornar a ação política séria, honesta e eficaz. Segundo J. F. Kennedy não devemos perguntar o que o país pode fazer por nós e sim o que nós podemos fazer pelo país. Vistosa na sua expressão, a frase encerra um equívoco. Evidente que o país, assim entendido o território de um Estado soberano, nada pode fazer por nós. Quem pode e deve fazer muito por nós é o governo desse Estado. Dos governantes é lícito esperar conduta honesta, honrosa e voltada para o interesse público. O povo se organiza em Estado justamente para que o governo trabalhe em prol do bem comum. Os cidadãos fazem o que lhes cabe. Trabalham, estudam, aperfeiçoam-se, constituem família, pagam tributos, cumprem as leis, criam a riqueza da nação e votam nos seus representantes. Recusar os candidatos a deputado federal nas eleições de 2010 é instaurar a reforma política e moral. O eleitor aproveitará a força do voto para iniciar as mudanças estruturais sem apelar para as armas, recurso último contra os que tentarem obstruir o caminho do povo. Os nossos filhos e netos esperam de nós esse ato de coragem e independência. Está em nossas mãos fazer do Brasil uma república democrática de fato e de direito. Teclar zero na eleição para deputado federal longe de ser um desserviço à sociedade é um dever cívico dos cidadãos brasileiros para sanar a crise ética que assola o parlamento. Bem mais fácil será controlar algumas dezenas de senadores do que centenas de deputados. O tesouro terá enorme economia com a extinção da Câmara dos Deputados.

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