quinta-feira, 4 de julho de 2024

FUTEBOL

Copa América de Futebol Masculino. Jogos da seleção brasileira. Quartas de final. Adversária: seleção uruguaia. Data: 06/07/2024.
Prognóstico: Derrota da brasileira ante a evidente superioridade técnica da adversária. 
Opinião: Nada a lamentar. Não se há de buscar culpados; tampouco, apresentar desculpas. Trata-se da realidade atual do esporte na América e de reconhecer o merecimento das seleções que participam da Copa América (substituta do torneio oficial sul-americano desde 1975).
A seleção brasileira atual ainda é respeitada pelas seleções estrangeiras. Treinador e jogadores são de nível técnico satisfatório. O momento é das vacas magras e das safras modestas no Brasil. Falta chegar ao nível de excelência individual e coletivo. Talvez, até a copa mundial de 2026, a seleção brasileira alcance nível estrutural e funcional mais elevado. 
No esporte não há congelamento de posições no tempo e no espaço. No curso dos anos, sucedem-se e alternam-se períodos de bons e de maus resultados. Ninguém é campeão para sempre em todos os campeonatos de que participa. 
Das 22 (vinte e duas) edições da Copa do Mundo das quais participaram (1930 a 2022), as seleções brasileiras venceram apenas 5 (cinco), perderam 2 |(duas) jogando aqui no Brasil e 15 (quinze) jogando em outros países.  
Das 18 (dezoito) edições da Copa América de que participaram (1975 a 2021), as seleções brasileiras venceram 6, as uruguaias 4, as argentinas 3, as chilenas 2, a colombiana 1, a paraguaia 1 e a peruana 1.
Os jogadores brasileiros não devem entrar em campo psicologicamente derrotados ante a bem preparada seleção uruguaia. Ao contrário, devem entrar otimistas, sentindo-se desafiados, dispostos a recuperar o futebol brasileiro alegre, descontraído, bonito e eficaz, sem medo de ser feliz, mas, sem excesso de confiança. 
Alegria lúdica que não se confunde com alegria de risos fáceis, espontâneos ou forçados. Alegria da alma que desperta no jogador o prazer de estar em campo disposto a vencer – não só o adversário – como também a si mesmo. A esse desiderato muito contribui a serenidade, o bom senso e a comum psicologia do treinador para: (i) medir a temperatura emocional dos jogadores (ii) orientar o time inicial (iii) selecionar os que ficarão no banco.
Apesar do seu corpo forte e saudável, da sua comprovada capacidade técnica e do seu reconhecido talento, o jogador Endrick, durante os jogos,  só é tirado do banco para tentar jogar poucos minutos no final da partida. Isto causa estranheza. 
Se houver invisível e pessoal motivo do treinador para discriminar o jogador, agora, na iminência de a seleção se despedir do torneio, é o momento para ter a grandeza e o desprendimento de colocar questiúnculas e vaidades de lado e pensar no bem coletivo, aqui incluídas a equipe esportiva e a torcida brasileira. 
A situação Dorival x Endrick assemelha-se à situação Tite x Gabigol. O orgulho, a teimosia e a hipocrisia do treinador privaram a torcida do Flamengo de ver em campo o seu ídolo. Apesar do seu corpo forte e saudável, da sua comprovada capacidade técnica e do seu reconhecido talento, Gabriel Barbosa não foi convocado para a seleção brasileira quando Tite ainda era o treinador. Frustrado, o bom jogador teria assim respondido: não preciso da seleção, pois, eu já jogo numa seleção. O treinador não gostou da resposta. Guarda rancor até hoje. As suas evasivas estão em descompasso com o seu olhar, com as suas atitudes e linguagem corporal. Por causa de idiossincrasias dos treinadores no passado, jogadores excepcionais, como Romário e Djalminha, também ficaram fora da seleção. 

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