domingo, 7 de julho de 2024

FUTEBOL II

Copa América de Futebol Masculino. Jogo das quartas de final. Seleção brasileira x seleção uruguaia. Data: 06/07/2024. Resultado: empate sem gols (0 x 0). Desempate mediante 5 (cinco) tiros diretos para cada equipe na forma do regulamento. A seleção brasileira perdeu 2 tiros. A seleção uruguaia nenhum perdeu e, assim, sagrou-se vencedora e passou para a fase seguinte da competição (partidas semifinais). Grandes craques brasileiros e estrangeiros como, por exemplo, Zico e Baggio, também erraram na cobrança de pênaltis. Isto acontece nas melhores seleções.    
No tempo regular (90 minutos + acréscimos), o jogo mais parecia batalha campal. Agressões físicas e revides por jogadores das duas equipes. A curtos intervalos, eles sofriam quedas e ficavam estendidos no gramado contorcendo-se. Deixaram a impressão de que eles fizeram aposta para ver quem ficava mais deitado e sentado do que em pé durante a partida. Apenas uma expulsão! 
As duas seleções preocuparam-se mais com a defesa. Em consequência, os atacantes ficaram manietados. Apesar da ausência de gols, a uruguaiana finalizou mais do que a brasileira. Isto indicou que os atacantes brasileiros sofreram mais com a pancadaria do que os uruguaios. Como espetáculo esportivo para o público, o jogo foi decepcionante. Muito feio. Se as duas equipes tivessem optado pela arte de jogar futebol, outro e melhor teria sido o espetáculo. Apesar da pequena superioridade uruguaia, o resultado teria sido o mesmo: empate. Sintomático o fato de o treinador uruguaio haver deixado no banco o seu melhor jogador (Suárez) durante toda a partida. 
Ex-jogador da gloriosa e extraordinária seleção brasileira de 1970, entrevistado antes da partida, disse: (i) que não entendia o que estava se passando com o futebol brasileiro (ii) que a seleção brasileira levou olé da colombiana (iii) que havia carência de craques excepcionais (iv) que nos últimos 15 anos só tivemos o Neymar (v) que isso precisava mudar. 
Compreensível, na mencionada entrevista, a nostálgica tristeza de Gerson, “Canhotinha de Ouro”, o melhor do mundo na sua posição no meio do campo daquela maravilhosa seleção. Pois, é. Nestes últimos 50 anos, muita coisa mudou no mundo para melhor e para pior. Jogo da vida. 
O esporte faz parte desse mundo e das mutações que nele ocorrem. Nossos fregueses do passado no futebol, agora, no presente, subiram dois patamares em arte, técnica e eficiência, enquanto nós descemos um patamar. Nenhuma surpresa, portanto, com os empates da seleção brasileira no tempo normal ao jogar com as seleções colombiana e uruguaiana. A brasileira escapou de ser derrotada. Há mais de 20 anos ela não vence a Copa do Mundo, mesmo com o malabarista Neymar no elenco. Talvez, sem ele e sem Tite, a seleção consiga vencer a copa de 2026.

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