quinta-feira, 30 de setembro de 2021

FUTEBOL MASCULINO

Liga europeia dos campeões. 28.09.2021. Paris Saint-Germain (PSG) x Manchester City (MC). O clube francês venceu o clube inglês (2 x 0). O primeiro gol foi marcado no primeiro tempo pelo meio-campista Gueye. O último gol foi marcado no segundo tempo pelo atacante Messi após elegante troca de passes com o atacante Mbappé. Aos ingleses faltou o que sobrava aos franceses: artilharia. Coletiva e tecnicamente o time inglês foi superior durante toda a partida; atacou sem cessar confinando o adversário no seu próprio campo. O time francês teve atuação mediana, ficou todo na defesa durante a partida, teve menos tempo de bola e poucas chances de contra-ataque. A inoportuna declaração do treinador do time inglês, feita às vésperas do jogo, de que não sabia o que fazer para segurar o trio galáctico da equipe francesa (Messi + Mbappé + Neymar) foi desmentida durante a partida. Briosos, os jogadores ingleses entraram em campo e superaram a carga negativa daquela infeliz declaração do seu experiente treinador.  
Copa Libertadores da América. 28.09.2021. Atlético/MG x Palmeiras/SP. Empate pelo placar mínimo (1 x 1). Disto resultou a festejada classificação do clube paulista para a partida final contra o Flamengo em Montevideo dentro de algumas semanas. A tática do treinador do time paulista foi semelhante à do treinador do PSG: concentrar-se no sistema defensivo da sua equipe, barrar o ataque adversário e apostar no contra-ataque por um gol, pelo menos. Diferenças: (i) os atacantes do clube francês são tecnicamente superiores aos atacantes do clube paulista (ii) a atuação coletiva do clube paulista é superior tecnicamente à do clube francês. 
A retranca (prioridade da equipe em se defender) se enquadra na bem conhecida teoria do “futebol de resultado” há muito tempo aplicada por alguns treinadores brasileiros. O que mais importa é garantir a classificação da equipe e não jogar bonito. A simplicidade do feijão com arroz.  
Quando em conversa doméstica na sua casa, em Curitiba/PR, nos anos 50, mencionava-se a vizinha bonita, minha avó materna, Lúcia Brunelli Chaves, com seu ítalo-brasileiro modo de falar, dizia: “beleza não se põe na mesa”. Meu gordo avô, Sebastião Chaves, no seu modo luso-guarani de ironizar,  em tom mais baixo, acrescentava: “mas se põe na cama”. Minha avó escutava e entre ralhar e achar graça, replicava: “velho sem-vergonha”. Pois é, saudosa vó Lúcia, razão lhe assistia: na modesta mesa de refeição se põe alimento e não enfeite e nem perfume. Todavia, em lar de gente rica, a mesa de refeição é decorada e perfumada; junta-se o útil ao agradável; a água da torneira ou do poço, servida na moringa ou na jarra, perde o seu lugar para a água mineral, para o vinho, para a fina bebida destilada e para o licor. O cafezinho ao término da refeição até que tem no modesto lar e é bem gostoso, passado no coador de pano. O cigarro que se lhe segue é de palha com fumo enrolado. Depois da refeição, da sobremesa e do cafezinho na mesa de gente rica, fuma-se charuto cubano, cachimbo com fumo cheiroso ou cigarro de papel com filtro, às vezes importado, preso a uma piteira de prata.     
Ao substituir os seus dois melhores atacantes no segundo tempo da partida, o treinador do time paulista mostrou o intento de brecar o ataque do time mineiro e jogar pelo empate. Ele foi bem sucedido, apesar do risco de sucumbir perante a valorosa equipe mineira que tinha a seu favor o estádio e a torcida. “Quem não arrisca não petisca” (ditado popular). Aos mineiros coube o maior tempo na posse da bola; atacaram muito mais do que foram atacados; pressionaram a defesa adversária durante toda a partida, porém, com poucas e infrutíferas finalizações. Da rispidez em algumas jogadas resultaram cartões amarelos e nenhuma expulsão. Arbitragem razoável.       
29.09.2021. Flamengo (Brasil) x Barcelona (Equador). O clube carioca confirmou o seu favoritismo: venceu o equatoriano pelo placar de 2 x 0 e se classificou para a partida final contra o Palmeiras. O Flamengo entrou em campo com a sua força máxima, sinal de respeito pelo Barcelona. Cautela necessária, pois, afinal, cuida-se de uma equipe equatoriana muito competitiva, tanto assim, que chegou ao patamar das partidas semifinais de um torneio de clubes campeões. As duas finalizações exitosas do clube brasileiro ocorreram dentro da pequena área adversária, depois de talentosas manobras dos meio-campistas e dos atacantes. O treinador do clube carioca bem calibrou a ação dos seus defensores, armadores e atacantes, prevenido contra uma esperada pressão muito forte do adversário, o que realmente aconteceu. O treinador e os jogadores equatorianos estavam nervosos e ansiosos desde o começo da partida. Quiçá, o fator psicológico decorrente do peso da responsabilidade perante a sua torcida e o seu país tenha influído para tais nervosismo e ansiedade. No entanto, mesmo inferiorizado no placar, o time local recebeu o apoio da sua torcida. No primeiro tempo,  por lesão na coxa ou virilha esquerda, um defensor rubro-negro foi substituído. No segundo tempo, os treinadores das duas equipes substituíram diversos jogadores sem que houvesse mudança no panorama da partida: poucas finalizações, muitos passes e dribles, alguns cartões amarelos, nenhuma expulsão. Arbitragem razoável.

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