17.11.2015. 22,00 horas. Salvador, Bahia.
Seleção do Brasil x seleção do Peru. (3 x 0). Minuto de silêncio antes do
início da partida. Homenagem aos mortos de Paris, vítimas do terrorismo. No
curso da partida, cada gol foi marcado por jogador diferente: Douglas, Renato e
Felipe. Bom sinal. Após cobrança de escanteio, surgiu o primeiro gol da
esperteza e do oportunismo. O segundo e o terceiro gols resultaram da seqüência
de dribles e passes numa feliz combinação do espírito individual com o espírito
coletivo. O destaque do lado brasileiro coube a William e a Douglas. Na seleção
do Peru, o desempenho de Guerrero ficou aquém da fama, tal como tem acontecido
no clube brasileiro em que ele joga atualmente. Arbitragem boa, apesar de marcar
dois impedimentos inexistentes. O árbitro puniu correta e justamente com cartão
amarelo algumas faltas. Não se notou proposital violência no jogo. A alegre e
agitada torcida baiana apoiou a seleção brasileira. Público numeroso. A
presença de torcedores peruanos foi modesta.
Jogando em casa, os brasileiros venceram as duas
equipes mais fracas do torneio: a venezuelana e a peruana. Assim, foi possível
à seleção brasileira exibir bom futebol. No entanto, jogando fora de casa e
enfrentando equipes fortes, a seleção brasileira exibiu fragilidade: perdeu
para a seleção chilena e empatou a duras penas com a seleção argentina. Há
certa lógica nesse ondulante desempenho. Embora com dificuldade, a seleção
brasileira provavelmente classificar-se-á para a copa de 2018. Nesta hipótese
otimista, se a copa coincidir com o inverno do hemisfério norte, certamente os
brasileiros treinarão na Europa com um mês de antecedência. Até o momento, as
seleções do Equador e do Uruguai exibem excelente futebol. A partir de março de
2016, veremos se elas manterão o mesmo ritmo e a mesma qualidade. Veremos,
ainda, se o retorno de Messi e de Tevez melhorará a posição da seleção
argentina.
Pergunta: O que há de comum entre os catalães Messi e
Neymar e os madrilenos C.Ronaldo e James? Resposta: Todos são excelentes em
seus clubes e sofríveis nas seleções dos seus respectivos países,
principalmente quando tais seleções enfrentam fortes equipes constituídas de
bons jogadores e que aplicam táticas eficazes.
Pergunta: Como se explica o decréscimo de produção de
bons jogadores ainda aptos para a atividade esportiva, todos em boas condições
físicas e técnicas? Resposta: Os altos salários pagos a esses jogadores
arrefecem-lhes o ânimo. Eles passam a se ocupar e a se preocupar mais com os
seus negócios e relaxam a sua atuação como atleta. O fator econômico pesa. A
partir do momento em que o “leite das crianças” está garantido e a fama bem
assentada, esses atletas já não se esforçam muito nos treinos e nos jogos. O
interesse e a dedicação mudam de centro. Eles se tornam meros burocratas em campo. Para alguns
deles, gozar a vida enquanto jovem é mais interessante do que submeter-se à
disciplina profissional e aguardar a futura aposentadoria. Nos seus clubes,
esforçam-se apenas o suficiente para garantir o contrato em vigor e viabilizar
futuros contratos.
O desgaste físico e psíquico resultante de uma longa e
ininterrupta carreira também contribui para baixar o rendimento do jogador.
Isto decorre da alta freqüência e intensidade dos jogos de que participa, com seguidos
deslocamentos percorrendo, às vezes, enormes distâncias, sob constante pressão
da família, do clube, do agente negociador, do patrocinador, da comissão
técnica, da imprensa esportiva e do público (especialmente dos torcedores
fanáticos). Entretanto, a medicina esportiva, a assistência de nutricionistas,
psicólogos, fisioterapeutas e professores de educação física, reduzem os
efeitos desse desgaste e mantêm em boa forma o atleta dedicado e
disciplinado.
21.11.2015. 16,00 horas. Estádio Santiago
Barnabeu. Real Madri x Barcelona. (0 x 4). Jogando em casa, a equipe merengue
estava no seu dia nefasto. A ajuda da torcida foi insuficiente. O nervosismo
tomou conta dos jogadores. A bola não entrava no gol catalão. O goleiro estava
num dia fasto. Defendeu bolas incríveis. A equipe catalã com seus excelentes
jogadores estava num dos seus melhores dias. Seu entrosamento foi notável. No
segundo tempo, Messi entrou, porém, nada de interessante produziu. Suarez (2),
Neymar e Iniesta marcaram os gols. Individualmente, o destaque coube a Iniesta,
o melhor e mais eficiente jogador em campo, extremamente útil ao desempenho
coletivo. Saiu aplaudido inclusive pela torcida adversária. Houve jogadas
violentas. Faltas foram punidas com cartão amarelo e cartão vermelho. A nuvem
separatista pairava sobre o estádio de futebol (Catalunha x Espanha). O
tribunal constitucional espanhol anulou a resolução da assembléia catalã que
decretava a independência da província.
22.11.2015. 16,00 horas. Arena Itaquera.
Corinthians x São Paulo. (6 x 1). Jogando em casa, com jogadores reservas,
campeão antecipado, contagiado pela fúria barcelonense, o Corinthians venceu o
São Paulo. Por pouco não se repetiu o escore da partida Alemanha x Brasil na
última copa mundial (7 x 1). Repetiu-se o “apagão”. O tricolor, time de
chegada, desta vez nem saiu.
25/11 +
02/12/2015.
22,00 horas. Vila Belmiro. Santos x Palmeiras. Duas partidas do final da Copa
do Brasil. Sob chuva e em seu estádio, o Santos venceu a primeira partida (1 x
0). O magro placar refletiu a disputa acirrada. Prevaleceram o nervosismo e a
violência. A equipe do Palmeiras preocupou-se mais com o sistema defensivo.
Preponderou, por isso mesmo, o ataque santista. Quando a partida ainda estava
no começo, houve pênalti a favor do Santos. Gabriel cobrou. A bola bateu na
trave e não entrou. Na segunda etapa, esse mesmo jogador marcou o único gol da
partida, na bacia das almas. O mau tempo prejudicou o espetáculo. A segunda e
derradeira partida do torneio aconteceu no estádio do Palmeiras (Allianz
Parque) na cidade de São Paulo. O time da casa venceu (2 x 1). O tempo estava
melhor do que o da partida anterior e ajudou o espetáculo. No elenco dos dois
clubes há jogadores excelentes e também promessas de futuras excelências. Houve
disputas viris pela bola e nervosismo geral dos jogadores e da torcida. Como
era esperado, o Palmeiras foi mais ofensivo e vencia por 2 x 0, os dois gols
marcados por Dudu, quando, nos minutos finais da partida, o Santos marcou seu
gol pelos pés de Ricardo. Somando os escores das duas partidas, deu empate: 2 x
2. Na decisão por pênaltis, a vitória coube ao Palmeiras, campeão da Copa do
Brasil/2015. Destarte, chegamos ao fim do ano de 2015 com dois campeões:
Corinthians pelo torneio brasileiro e Palmeiras pela Copa do Brasil.
BOXE. 28.11.2015. Düsseldorf. Alemanha. Disputa pelo
título mundial da categoria peso-pesado. Tyson Fury x Wladimir Klitschko.
Depois de 12 assaltos de uma luta equilibrada e sem graça, o britânico Tyson
venceu por pontos e conquistou o título por 4 associações internacionais até
então na posse de Wladimir. Provocador, Tyson serviu-se do estilo do curitibano
Anderson Silva e saiu vitorioso. A imagem da moça que desfilava no ringue e
anunciava o número de cada assalto não foi captada diretamente pela câmera, em
primeiro plano, mas foi possível notar que ela usava sapato de salto alto e
fino e que a roupa cobria o corpo. Influência muçulmana no estádio alemão?
Moralismo luterano? Frio? Nos ringues dos EUA, as moças americanas usam tênis, cobrem
parcialmente as nádegas e os seios e mostram o restante do corpo enquanto
elevam acima da cabeça a placa com o número do assalto. Ao retornarem aos seus
lugares, sorridentes, acenam para a câmera de televisão.
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