sábado, 17 de outubro de 2015

FUTEBOL



Copa Concacaf.

México x EUA. Jogo equilibrado e bem movimentado, bom entrosamento de cada seleção, sem destaques individuais. Houve esforço de ambos os lados, pois estava em disputa o título da copa da confederação de 2015. Empate pelo placar mínimo no tempo regulamentar (1x1). Houve prorrogação. A seleção mexicana sagrou-se campeã ao vencer a estadunidense pelo placar de 3 x 2.

Transmissão pela Fox. A equipe da emissora de TV deve ser avisada de que o México situa-se na América do Norte, assim com os Estados Unidos e o Canadá. Ainda não existe seleção norte-americana. O jogo era entre a seleção mexicana e a seleção estadunidense, ou, em outros termos, entre a seleção do México e a seleção dos Estados Unidos. Canadenses, estadunidenses, mexicanos, são todos norte-americanos, assim como americanos são os povos da América, desde o Sul até o Norte do continente, inclusive os povos indígenas, os negros e mestiços nascidos em solo americano e os brancos oriundos da colonização portuguesa, espanhola, francesa, inglesa e holandesa.

Eliminatórias Sul-Americanas p/Copa de 2018.

08/10/2015. Brasil x Chile. Argentina x Equador. As quatro seleções apresentaram bom futebol do ponto de vista técnico e coletivo, sem grandes destaques individuais. A seleção chilena, campeã da Copa América, jogando em sua própria casa, com a torcida a seu favor, venceu galhardamente a seleção brasileira pelo placar de 2 x 0. A equatoriana, visitante, também venceu a argentina, anfitriã, pelo placar de 2 x 0. As seleções chilena e equatoriana apresentaram bom esquema defensivo além da disposição para atacar e vencer. A seleção brasileira e a seleção argentina movimentaram-se bem, esforçaram-se até o final das partidas, porém, não conseguiram suplantar as adversárias. Talvez, se essas seleções pudessem contar com Neymar e Messi, obtivessem melhor resultado. Todavia, ante o desempenho sofrível desses dois jogadores, o resultado poderia até ser pior.  

13/10/2015. Brasil x Venezuela. Vitória da seleção brasileira: 3 x 1. O placar podia ser mais elástico não fossem as finalizações perdidas. Os brasileiros voltaram a utilizar a sua maior arma: o drible. Outrora, prevalecia o drible sobre o passe (individual x coletivo). Nas décadas de 70 e seguintes, por imitação do futebol europeu, passou a prevalecer, no Brasil, o passe sobre o drible (coletivo x individual). Atualmente, a seleção brasileira valoriza o drible sem se preocupar com a crítica européia e atingiu um ponto de equilíbrio (individual + coletivo). Isto não significa que, doravante, a seleção brasileira vencerá todas as partidas; significa, apenas, que encontrou o seu melhor futebol associando arte, técnica, tática e eficiência. Espera-se que a alegria dure até a copa de 2018.

Nesta partida, destacaram-se: William, Douglas Costa, Lucas Lima e Felipe Luis, por atuarem acima da média do grupo. A seleção brasileira ainda terá de enfrentar duros desafios neste campeonato. Na equipe da Venezuela o destaque foi para as faltas graves e desleais. O brasileiro Ricardo foi alvo de severa e violenta marcação. Mesmo assim, bastou um descuido da defesa venezuelana, no segundo tempo, para ele marcar o seu gol. A seleção venezuelana não é mais aquela adversária boazinha e fácil de derrotar. O seu gol resultou da cobrança de escanteio. Os venezuelanos se mostraram bem na disputa das bolas altas. O sistema defensivo brasileiro, desta vez, não tremeu após sofrer o gol.

O numeroso público no estádio foi maravilhoso. Promoveu grande espetáculo. O treinador teve o bom senso e a gentileza de atender à torcida nordestina: escalou, no segundo tempo, KK e Hulk, sem prejudicar o rendimento do time. A galera delirou. Bom que o esporte também seja uma festa!

Apreciações gerais.

Parcela da população brasileira está mais realista. Entendeu que no futebol há vitórias, empates e derrotas; não se ganha sempre, não se empata sempre, não se perde sempre. A vida esportiva é assim mesmo. Parece que os (7 x 1) na copa de 2014 serviu para amadurecer, na estufa, torcedores, jogadores, treinadores, dirigentes, bem como, para clarificar o espírito esportivo do povo brasileiro. A síndrome alemã há de ser neutralizada por esse novo e clarificado espírito de modo a não ameaçar o bom desempenho do sistema defensivo da seleção brasileira.     

Da prática do esporte nos campos de futebol verifica-se que os jogadores de uma seleção nacional têm bom nível técnico. Isto é decorrência lógica da escolha dos melhores jogadores de cada país. No seio de cada seleção, entretanto, pode haver diferentes níveis de capacidade, quer do ponto de vista coletivo, quer do ponto de vista individual. Em certos momentos, há seleções que parecem jogar por música, tal o entrosamento, o acerto dos passes e a plasticidade dos movimentos, enquanto outras exibem coreografia modesta e sem brilho.  

No que concerne à habilidade individual, há seleções que carecem de craques e até de jogadores de nível excelente. Tem-se visto, em clubes e seleções, geral deficiência nas finalizações. Incríveis oportunidades de marcar gol são perdidas. Marcar gol de pênalti virou proeza! Chutes que fazem a bola passar longe das traves e do travessão. Por excesso de toques antes de chutar para o gol, na área adversária, o atacante perde a bola e a oportunidade de concluir com êxito. Nota-se, também, com freqüência, que por se distrair com a bola nos pés, o jogador é desarmado pelo adversário que vem pela retaguarda. Isto sem falar das furadas e das chuteiradas que apenas resvalam na bola.  

Nos dias atuais, técnica e aproximadamente, 20% de qualquer seleção superam o nível médio do elenco. 80% situam-se no mesmo nível abaixo da excelência. Dos 20% do nível excelente, poucos podem ser considerados craques (jogadores de desempenho regularmente extraordinário). Há elencos com apenas 1 craque e mais 2 ou 3 jogadores de nível excelente; os demais jogadores são apenas de bom nível técnico. Servem de exemplo: Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda, Portugal. Sempre foi assim? No que tange às seleções sul-americanas, nem sempre. Nas seleções brasileiras, por exemplo, até 2006, os jogadores de nível excelente e os craques eram mais numerosos. Apesar disto, não venceram todas as copas que disputaram, embora obtivessem boas classificações. Duas seleções brasileiras perderam copas disputadas no Brasil: a de 1950 e a de 2014. Das 20 edições da copa mundial de futebol masculino, as seleções brasileiras venceram apenas 5 (cinco), ou seja, ¼  (um quarto) do total, número modesto e desproporcional à antiga fama do futebol brasileiro de ser o melhor do mundo, imbatível, que inspirava respeito e provocava admiração do público nacional e estrangeiro. Para fazer jus à fama, as seleções brasileiras deviam ter vencido, pelo menos, 60% das edições da copa mundial. 


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