Copa Concacaf.
México x EUA. Jogo equilibrado e bem movimentado, bom
entrosamento de cada seleção, sem destaques individuais. Houve esforço de ambos
os lados, pois estava em disputa o título da copa da confederação de 2015.
Empate pelo placar mínimo no tempo regulamentar (1x1). Houve prorrogação. A
seleção mexicana sagrou-se campeã ao vencer a estadunidense pelo placar de 3 x
2.
Transmissão pela Fox. A equipe da emissora de TV deve
ser avisada de que o México situa-se na América do Norte, assim com os Estados
Unidos e o Canadá. Ainda não existe seleção
norte-americana. O jogo era entre a seleção mexicana e a seleção
estadunidense, ou, em outros termos, entre a seleção do México e a seleção dos
Estados Unidos. Canadenses, estadunidenses, mexicanos, são todos norte-americanos, assim como americanos são os povos da América,
desde o Sul até o Norte do continente, inclusive os povos indígenas, os negros
e mestiços nascidos em solo americano e os brancos oriundos da colonização
portuguesa, espanhola, francesa, inglesa e holandesa.
Eliminatórias
Sul-Americanas p/Copa de 2018.
08/10/2015. Brasil x Chile. Argentina x
Equador. As quatro seleções apresentaram bom futebol do ponto de vista técnico
e coletivo, sem grandes destaques individuais. A seleção chilena, campeã da
Copa América, jogando em sua própria casa, com a torcida a seu favor, venceu
galhardamente a seleção brasileira pelo placar de 2 x 0. A equatoriana, visitante,
também venceu a argentina, anfitriã, pelo placar de 2 x 0. As seleções chilena
e equatoriana apresentaram bom esquema defensivo além da disposição para atacar
e vencer. A seleção brasileira e a seleção argentina movimentaram-se bem,
esforçaram-se até o final das partidas, porém, não conseguiram suplantar as
adversárias. Talvez, se essas seleções pudessem contar com Neymar e Messi,
obtivessem melhor resultado. Todavia, ante o desempenho sofrível desses dois
jogadores, o resultado poderia até ser pior.
13/10/2015. Brasil x Venezuela. Vitória da
seleção brasileira: 3 x 1. O placar podia ser mais elástico não fossem as
finalizações perdidas. Os brasileiros voltaram a utilizar a sua maior arma: o
drible. Outrora, prevalecia o drible sobre o passe (individual x coletivo). Nas
décadas de 70 e seguintes, por imitação do futebol europeu, passou a
prevalecer, no Brasil, o passe sobre o drible (coletivo x individual).
Atualmente, a seleção brasileira valoriza o drible sem se preocupar com a
crítica européia e atingiu um ponto de equilíbrio (individual + coletivo). Isto
não significa que, doravante, a seleção brasileira vencerá todas as partidas;
significa, apenas, que encontrou o seu melhor futebol associando arte, técnica,
tática e eficiência. Espera-se que a alegria dure até a copa de 2018.
Nesta partida, destacaram-se: William, Douglas Costa,
Lucas Lima e Felipe Luis, por atuarem acima da média do grupo. A seleção
brasileira ainda terá de enfrentar duros desafios neste campeonato. Na equipe
da Venezuela o destaque foi para as faltas graves e desleais. O brasileiro
Ricardo foi alvo de severa e violenta marcação. Mesmo assim, bastou um descuido
da defesa venezuelana, no segundo tempo, para ele marcar o seu gol. A seleção
venezuelana não é mais aquela adversária boazinha e fácil de derrotar. O seu
gol resultou da cobrança de escanteio. Os venezuelanos se mostraram bem na
disputa das bolas altas. O sistema defensivo brasileiro, desta vez, não tremeu
após sofrer o gol.
O numeroso público no estádio foi maravilhoso.
Promoveu grande espetáculo. O treinador teve o bom senso e a gentileza de atender
à torcida nordestina: escalou, no segundo tempo, KK e Hulk, sem prejudicar o
rendimento do time. A galera delirou.
Bom que o esporte também seja uma festa!
Apreciações
gerais.
Parcela da população brasileira está mais realista.
Entendeu que no futebol há vitórias, empates e derrotas; não se ganha sempre,
não se empata sempre, não se perde sempre. A vida esportiva é assim mesmo.
Parece que os (7 x 1) na copa de 2014
serviu para amadurecer, na estufa, torcedores, jogadores, treinadores,
dirigentes, bem como, para clarificar o espírito esportivo do povo brasileiro.
A síndrome alemã há de ser neutralizada por esse novo e clarificado espírito de
modo a não ameaçar o bom desempenho do sistema defensivo da seleção
brasileira.
Da prática do esporte nos campos de futebol
verifica-se que os jogadores de uma seleção nacional têm bom nível técnico.
Isto é decorrência lógica da escolha dos melhores jogadores de cada país. No
seio de cada seleção, entretanto, pode haver diferentes níveis de capacidade, quer
do ponto de vista coletivo, quer do ponto de vista individual. Em certos
momentos, há seleções que parecem jogar por música, tal o entrosamento, o
acerto dos passes e a plasticidade dos movimentos, enquanto outras exibem
coreografia modesta e sem brilho.
No que concerne à habilidade individual, há seleções
que carecem de craques e até de jogadores de nível excelente. Tem-se visto, em
clubes e seleções, geral deficiência nas finalizações. Incríveis oportunidades
de marcar gol são perdidas. Marcar gol de pênalti virou proeza! Chutes que
fazem a bola passar longe das traves e do travessão. Por excesso de toques
antes de chutar para o gol, na área adversária, o atacante perde a bola e a
oportunidade de concluir com êxito. Nota-se, também, com freqüência, que por se
distrair com a bola nos pés, o jogador é desarmado pelo adversário que vem pela
retaguarda. Isto sem falar das furadas e das chuteiradas que apenas resvalam na
bola.
Nos dias atuais, técnica e aproximadamente, 20% de
qualquer seleção superam o nível médio do elenco. 80% situam-se no mesmo nível
abaixo da excelência. Dos 20% do nível excelente, poucos podem ser considerados
craques (jogadores de desempenho regularmente extraordinário). Há elencos com
apenas 1 craque e mais 2 ou 3 jogadores de nível excelente; os demais jogadores
são apenas de bom nível técnico. Servem de exemplo: Alemanha, Argentina,
Brasil, Holanda, Portugal. Sempre foi assim? No que tange às seleções
sul-americanas, nem sempre. Nas seleções brasileiras, por exemplo, até 2006, os
jogadores de nível excelente e os craques eram mais numerosos. Apesar disto,
não venceram todas as copas que disputaram, embora obtivessem boas
classificações. Duas seleções brasileiras perderam copas disputadas no Brasil:
a de 1950 e a de 2014. Das 20 edições da copa mundial de futebol masculino, as
seleções brasileiras venceram apenas 5 (cinco), ou seja, ¼ (um quarto) do total, número modesto e
desproporcional à antiga fama do futebol brasileiro de ser o melhor do mundo,
imbatível, que inspirava respeito e provocava admiração do público nacional e
estrangeiro. Para fazer jus à fama, as seleções brasileiras deviam ter vencido,
pelo menos, 60% das edições da copa mundial.
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