quarta-feira, 13 de março de 2013

PAPA



Quando anunciou a intenção de renunciar ao cargo, o que se efetivou em 28/02/2013, o papa Bento XVI referiu-se a dissensões internas na igreja. Ao abdicar do trono de São Pedro, referiu-se às nuvens no céu do Vaticano. 
As dissensões na comunidade cristã sempre existiram, antes e depois da morte de Jesus, conforme se vê de passagens dos evangelhos e dos atos dos apóstolos. Havia ciumeiras, desavenças e disputas pelo poder entre eles. Ao perceber essa conduta dos apóstolos, Jesus lhes deu um mandamento especial: “amai-vos uns aos outros como eu vos amo” (Jo 15: 12).

Esquecidos do mandamento, os sucessores digladiam-se e praticam delitos; dividem-se em ortodoxos e heterodoxos, católicos e protestantes, pastores e administradores; cultivam a hipocrisia, o homossexualismo, a pedofilia, a corrupção; organizam a igreja de forma mundana com apego ao dinheiro, ao luxo e à política; disputam hegemonia e mercado.
No seio da igreja católica o pólo demoníaco da natureza humana revelou-se mais forte do que a doutrina, do que os juramentos, do que a batina dos padres e a púrpura dos cardeais.

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