quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PÍLULAS


O conhecimento é como balão de borracha que incha quando o assopramos. A diferença está em que o conhecimento não esvazia e nem estoura.  

Mal conhecemos a nós mesmos e o mundo em que vivemos. De onde vem essa pretensão de conhecer a Deus? De assemelhar Deus ao ser humano? De atribuir predicados humanos a Deus? De interpretar e expor pensamento e vontade de Deus? Suma vaidade. Suma esperteza. Quanta fraude, terror religioso, exploração do temor e da boa fé dos crédulos.

Segundo o escritor bíblico, Moisés conversou com Javé (ou Jeová, deus que ele importou de outro povo). Viu as costas do deus, mas não o rosto. Sem ver a face e os olhos, Moisés ficou sem saber se o deus falava sério ou zombava. O deus passou 10 mandamentos para que Moisés os transmitisse ao “povo eleito” (na verdade, regras e eleição de autoria do escritor). O escritor bíblico não esclareceu em que idioma os dois conversaram (aramaico, hebraico, grego, latim?) nem se na reunião os dois tomaram vinho, chá ou água; se eles se abraçaram na despedida ou se houve só tapinha nas costas. Por essas e outras é que pessoas esclarecidas como Spinoza (filósofo) e Einstein (cientista), ambos judeus, tratavam a bíblia como um conto de fadas, repositório de infantilidades.

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