O conhecimento é como balão de borracha que incha
quando o assopramos. A diferença está em que o conhecimento não esvazia e nem
estoura.
Mal conhecemos a nós mesmos e o mundo em que vivemos.
De onde vem essa pretensão de conhecer a Deus? De assemelhar Deus ao ser
humano? De atribuir predicados humanos a Deus? De interpretar e expor
pensamento e vontade de Deus? Suma vaidade. Suma esperteza. Quanta fraude,
terror religioso, exploração do temor e da boa fé dos crédulos.
Segundo o escritor bíblico, Moisés conversou com Javé
(ou Jeová, deus que ele importou de outro povo). Viu as costas do deus, mas não
o rosto. Sem ver a face e os olhos, Moisés ficou sem saber se o deus falava
sério ou zombava. O deus passou 10 mandamentos para que Moisés os transmitisse ao
“povo eleito” (na verdade, regras e eleição de autoria do escritor). O escritor
bíblico não esclareceu em que idioma os dois conversaram (aramaico, hebraico,
grego, latim?) nem se na reunião os dois tomaram vinho, chá ou água; se eles se
abraçaram na despedida ou se houve só tapinha nas costas. Por essas e outras é
que pessoas esclarecidas como Spinoza (filósofo) e Einstein (cientista), ambos
judeus, tratavam a bíblia como um conto de fadas, repositório de
infantilidades.
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