terça-feira, 23 de novembro de 2010

ESPORTE

Futebol.

Arbitragem e punibilidade.

Campeonato brasileiro. Série B. 20/11/2010. Portuguesa x Ipatinga. Defensor da Portuguesa entra de carrinho no adversário. Árbitro o expulsa imediata e diretamente; aplica o cartão vermelho sem esperar pelo amarelo. Jogadores protestam por ser a primeira falta do companheiro. Árbitro mantém a punição. Durante a partida exibe autoridade sem autoritarismo e sem panos quentes. Virilidade e contacto físico são características do futebol. O jogador que disto se aproveita para dar tapas, cotoveladas, pancadas nos adversários afronta a ética esportiva e merece punição. O argumento de que bateu no adversário sem querer, sem intenção, serve exclusivamente à impunidade, pois não convence. O bom jogador prima pela categoria e se envergonha de algum lance que a não demonstre. O jogador profissional tem a obrigação moral de exibir bom nível técnico, de visar exclusivamente o domínio da bola e de movimentar o corpo sem desferir golpes no adversário. A punição é cabível quando a ofensa física, tentada ou consumada, resultar da malícia, má fé ou da falta de habilidade do jogador. A graduação da pena é normativa: advertência verbal, advertência com cartão (amarelo) e expulsão (cartão vermelho). A graduação, porém, não vincula o árbitro à seqüência. Cabe-lhe aplicar a pena adequada ao caso concreto, segundo sua interpretação. Destarte, o árbitro pode aplicar a pena de expulsão mesmo que o jogador não tenha sido advertido previamente. Na jogada sob apreciação do árbitro, pesa mais a violência do que a intenção do jogador. Ainda que o adversário não seja atingido, o jogador deve ser punido por assumir o risco de ferir. Nesta hipótese, a intenção pesa mais e pode até causar a expulsão, conforme as circunstâncias e a avaliação do árbitro. Agredir, no sentido de atacar, insultar, ofender física e moralmente o adversário, é comportamento incompatível com o esporte. Atacar a equipe adversária, no sentido técnico e estratégico, de modo aguerrido e algumas vezes até ríspido, porém sem violência, é próprio do esporte. Alguns jogadores são useiros e vezeiros em simular faltas, principalmente dentro da área do gol adversário. Diante dessa realidade, pode acontecer de o árbitro: (i) não se deixar enganar e advertir o espertalhão; (ii) marcar infração que não existiu (vitória da safadeza; árbitro induzido a erro); (iii) deixar de marcar infração que existiu (safadeza derrotada; hábito de enganar prejudica o enganador; plausível erro do árbitro).

Campeonato brasileiro. Série A. 21/11/2010. (1) Fluminense x São Paulo. Confronto dos tricolores carioca e paulistano. Primeiro tempo com bom desempenho das duas equipes. No segundo tempo dois jogadores do clube paulista foram expulsos: um por ofensa ao árbitro; outro por derrubar o adversário quando este tinha à sua frente apenas o goleiro. O árbitro acertou ao aplicar o cartão vermelho diretamente nas duas infrações. A sua atuação foi excelente durante a partida. Numericamente superior, o clube carioca dominou a equipe adversária e fez mais gols. Placar final: 4 x 1. Alex Silva, defensor do São Paulo, foi o destaque. Jogou muito bem; lutou bravamente. Fred e Washington, atacantes do Fluminense, perderam gols e tiveram um desempenho sofrível. Quando o Fluminense perdeu a chance de ser campeão da copa Libertadores da América jogando no Maracanã, o atacante Washington também não conseguia fazer gols há algumas partidas e mesmo assim, o treinador Renato Gaúcho o manteve em campo durante os 90 minutos de jogo. Agora, no jogo de domingo, o treinador Muricy o substituiu oportuna e acertadamente. (2) Cruzeiro x Vasco. Bom nível técnico. Superioridade inconteste do clube mineiro. O carioca controlou a bola por muito tempo, porém, faltou objetividade. Conseguiu fazer apenas um gol. O mineiro finalizou com maior precisão e número de gols. Forte candidato ao título de campeão brasileiro. As duas equipes ofereceram um bom espetáculo ao público.

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