quinta-feira, 20 de maio de 2010

FUTEBOL

O TÉCNICO E OS TORCEDORES.
Sempre que há convocação de jogadores para formar a equipe brasileira de futebol super 20, a polêmica se instala. Cada torcedor forma em sua mente a sua própria seleção. O técnico, também, faz a sua, que raramente coincide com a do torcedor. Incluídos na categoria de torcedor, os jornalistas esportivos servem-se dos meios de comunicação social para pressionar o técnico. O espaço dos jornais reservado aos leitores traz a opinião de alguns torcedores. As manifestações tanto de jornalistas como de outros torcedores à vezes são ácidas e até ofensivas à pessoa do técnico.
O atual técnico da seleção brasileira não goza da admiração e do apreço de alguns torcedores, inclusive jornalistas esportivos, por se tratar de gaúcho com aquele modo de falar próprio dos descendentes de europeus que imigraram para a região sul do Brasil. Ele mostra um pouco daquela rudeza típica dos homens simples daqueles rincões. Assim como alguns técnicos brasileiros – como, por exemplo, Murici Ramalho – Dunga, por dever de ofício, presta entrevistas à imprensa, mas impacienta-se. Efetivamente, há perguntas que irritam não só ao técnico como também ao telespectador. Há técnicos – como, por exemplo, Luxemburgo – que ficam à vontade diante das câmeras de televisão e cuja verbosidade agrada mais ao público.
Há jogadores que, indiferentes à ética profissional, manifestam seu desagrado por não integrarem a seleção. Serve de exemplo o jogador do Santos FC, conhecido como Ganso, que apesar de constar dos 30 jogadores convocados, protestou por estar fora dos 23 titulares. Sem modéstia alguma, o jogador se acha um craque e refuta as afirmações do técnico sobre sua atuação no selecionado sub 20. Ele pensa que atingiu o nível de Giovane, quando a trilha para chegar ao topo ainda não terminou. Ele tem o estilo de Giovane, mas não a mesma eficiência, nem a mesma elegância.
A seleção fora derrotada em 2006, sob o comando de Parreira, técnico incensado pela imprensa. Temiam-se novas derrotas sob o comando de Dunga, considerado inexperiente para a função e sem a qualificação de Parreira. Assim como parcela do povo brasileiro, KK e Ronaldo Gaúcho pareciam duvidar do sucesso de Dunga. Logo após a nomeação desse técnico, os dois pediram para não ser convocados alegando cansaço. Jogar em seleção perdedora acarreta perda de patrocínio o que implica perda de rendimentos para o jogador. Por essa falta de comprometimento com a seleção brasileira, esses dois jogadores não mereciam mais ser convocados. No entanto, em 2010, Dunga convocou KK. Faltou coerência. De duas uma: ou mantinha os dois fora, ou a ambos convocava, até porque, tecnicamente, Ronaldo Gaúcho é craque e KK apenas um bom jogador.

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