domingo, 10 de março de 2024

HOLOCAUSTO - II

Os judeus, que se acham etnia especial selecionada por seu deus nacional chamado Javé ou Jeová, reclamam de perseguição, vítimas da maldade alheia. Em alguns períodos da sua história não houve perseguição alguma; em outros, houve perseguições legítimas e ilegítimas, mais por motivos políticos e sociais do que religiosos. Não há perseguição imotivada. 
Guiados por Abram, sem perseguição alguma, os hebreus saíram da Mesopotâmia e entraram em Canaã, posteriormente denominada Palestina pelos romanos no século I a.C. Pastores, lavradores e negociantes, inclinados ao mal, sem refinamento, os hebreus viviam às turras com seus vizinhos em Canaã. Decorridos três séculos, acossados pela escassez de alimentos, emigraram para o Egito onde José, filho de Jacó, era ministro plenipotenciário. José era o Henry Kissinger daquela época (XVII a.C.). Lá, permaneceram por 430 anos. As novas gerações eram de hebreus egípcios. Então, numeroso contingente de hebreus egípcios autorizado por Ramsés II e comandado por Moisés, partiu do Egito para Canaã. Carregava prata e ouro, bens valiosos considerados “despojos”, surrupiados do patrimônio egípcio. Evitou passar por território filisteu. Preferiu o trajeto mais longo, pelo deserto. Ao descobrir o furto praticado pelos hebreus, a autoridade egípcia saiu-lhes no encalço. Perseguição legítima. 
As agruras durante o trajeto despertaram, em milhares deles, a intenção de retornar ao Egito. Ante a discordância de Moisés, eclodiu a rebelião. Nas imediações do Monte Sinai onde as tribos estavam acampadas, os rebeldes foram vencidos e mortos. A batalha provou que os hebreus não eram escravos no Egito. Ninguém luta até a morte no intento de voltar à escravidão. Os rebeldes queriam livrar-se do jugo posto por Moisés e retornar à pátria egípcia que acolheu os seus ancestrais, onde não passavam fome, viviam bem e enriqueceram.
Os redatores dos livros da Bíblia apelam para o romance a fim de engrandecer o povo hebreu. Pesos, medidas, quantidades e qualidades de coisas e pessoas mencionados nesses livros devem ser vistos com cautela, considerados os contextos históricos, a técnica e a cultura incipientes, os exageros e as falsidades postos pelos redatores. Crimes cometidos por esse povo são tratados como heroísmo e obediência à vontade divina. Reis medíocres são ombreados a faraós do Egito e a reis da Assíria, da Babilônia, da Pérsia. Vitórias sobre reinos pequenos cujos habitantes foram exterminados pelos hebreus são vistas como façanhas extraordinárias. Salomão é apresentado como o mais sábio dos homens, portanto, superior aos sumérios, egeus, egípcios, babilônios, assírios e persas. Os filósofos gregos e latinos ainda não haviam nascido. Esse rei era idólatra, perdulário, vaidoso, fascinado pelo esplendor das monarquias orientais. Após a sua morte, o seu reino dividiu-se em dois: [1] Israel, na região norte da Palestina, povo israelita urbano, astucioso, aberto à influência estrangeira, destruído pelos assírios 700 anos antes de Cristo [2] Judá, na região sul da Palestina, povo judeu conservador, fechado à influência estrangeira, composto de pastores, lavradores e negociantes, destruído pelos caldeus 500 anos antes de Cristo.
Oportuno transcrever abaixo o texto da orelha do livro “A Indústria do Holocausto”, citado no artigo intitulado Holocausto publicado neste blog em 22/02/2024.
“As atrocidades nazistas transformaram-se num mito americano que serve aos interesses da elite judaica. O holocausto é uma indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem-sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das mais formidáveis potências militares do mundo, que oprime não-judeus em seu território e em sua área de influência. O número de sobreviventes dos campos de concentração é exagerado para chantagear bancos suíços, indústrias alemãs, e países do Leste Europeu em busca de indenizações financeiras. A luta feroz por indenizações tem como efeito colateral insuflar o anti-semitismo na Europa. Israelenses e judeus americanos são hoje as grandes forças de opressão, perseguindo palestinos e negros americanos”.
“Afirmações como estas deflagraram uma grande polêmica nos últimos meses de 2000 na Europa e nos Estados Unidos, provocando reações indignadas de historiadores e lideranças judaicas. Um dos principais motivos para a indignação é que o autor dessas declarações não era um líder de grupo neonazista ou um radical islâmico, e sim um professor judeu da Universidade de Nova York. Mais: filho de judeus egressos do Gueto de Varsóvia e sobreviventes dos campos de concentração de Maidanek e Auschwitz”.
“Em A indústria do holocausto, Norman Finkelstein mostra que o extermínio de judeus durante a Segunda Guerra, foi transformado em uma representação ideológica que defende interesses de classe e sustenta políticas. Finkelstein, de 47 anos, recorda sua infância, durante a qual não se discutia o holocausto, para mostrar que o interesse pelo assunto coincidiu com a Guerra dos Seis Dias, quando os Estados Unidos perceberam que seria interessante ter um parceiro forte no Oriente Médio. E, para os grupos judaicos americanos e a direita então no poder em Israel, a melhor forma de angariar simpatia era vender a ideia de que a hostilidade árabe poderia levar a uma reedição da Solução Final. É quando, segundo Finkelstein, nasce a indústria do holocausto e ganham destaque personagens como Elie Wiesel e Simon Wiesenthal. Hoje, essa indústria dedica-se a cobrar indenizações de empresas e países, e o autor acusa instituições judaicas mundiais de mentir sobre o número de sobreviventes para extorquir dinheiro que não é efetivamente entregue às vítimas reais. O que, segundo Finkelstein, reduz o martírio de milhões de pessoas a instrumento de chantagem”. 
Bíblia. AT. Gênesis 41: 37/44 + 47: 27. Êxodo 12: 37/38 + 13: 17 + 32: 9, 22, 27/28.  
Burns, Edward McNall - História da Civilização Ocidental. PA. Globo. V. 1. 1955.
Jaguaribe, Hélio - Um Estudo Crítico da História. SP. Paz e Terra. V.1. 2001.
 

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