domingo, 24 de junho de 2018

FUTEBOL 3

A segunda rodada da fase de grupos das seleções na copa mundial de futebol teve início em 19/06/2018 e terminou neste domingo (24/06/2018). O público continua alegre e cria um ambiente de festa e confraternização nos estádios. Pontualidade no início dos jogos. Cronometragem rigorosa. Os acréscimos ao tempo regulamentar variavam de 1 a 3 minutos no final do primeiro tempo e de 3 a 6 minutos no final do segundo. Arbitragem satisfatória. Ação padronizada dos árbitros em campo. Pênaltis marcados e desmarcados com ajuda do árbitro de vídeo. O desempenho das seleções na fase preparatória mudou na fase definitiva. Algumas seleções estacionaram ou entraram na rampa descendente, enquanto outras ainda têm espaço para crescer durante o torneio. Passado o nervosismo da estreia, melhorou a performance das equipes, contudo, ainda houve muitos passes errados, oportunidades de gols perdidas, simulações, reclamações acintosas. Jogadores de porte atlético, fortes, preparados fisicamente, suportam o extenuante vigor das disputas, inclusive as desleais como: pisar no pé do adversário, chutar o tornozelo para derrubá-lo, usar mãos, braços e cotovelos para bater no rosto do adversário, empurrões, agarramentos pela camisa e pelo corpo. Na maioria das vezes, o choque não tem a gravidade encenada pelos jogadores. Poucos gols nos jogos indicam equilíbrio e também pobreza técnica. Em campo, jogadores de bom nível, mas nenhum craque genial. Mensagens na rede de computadores postadas por dois futebolistas denunciam subliminarmente o que é de conhecimento geral nos veículos de comunicação social: (1) o mecanismo do jabá, propina recebida pelo jornalista para escrever e/ou falar a favor de pessoa, de empresa ou de produto; (2) o jornalismo marrom, propina que o jornalista exige para não escrever ou não falar contra pessoa, empresa ou produto.
Rússia venceu o Egito (3 x 1). A seleção egípcia se conduziu bem. Mérito para os russos. Nos outros jogos, as vencedoras (placar mínimo) foram: Portugal, Espanha e Uruguai. As perdedoras foram: Marrocos, Irã e Arábia Saudita. Com exceção da russa, as demais seleções tiveram imensa dificuldade em finalizar com êxito as jogadas de ataque. O português C. Ronaldo mergulhou na área entre os defensores, cabeceou e vazou o gol marroquino. Depois disto, algumas pedaladas para agradar ao público. O espanhol Iniesta armou a jogada que resultou no gol espírita (para afastar da área, o iraniano chutou a bola que ricocheteou na perna de Diogo e entrou no gol). O uruguaio Suárez aproveitou-se da confusão na área saudita para marcar o seu gol.    
Alemanha venceu a Suécia (2 x 1). Dois pênaltis a favor da Suécia e um a favor da Alemanha não assinalados pelo árbitro de campo que também não consultou o árbitro de vídeo. Lerda, a seleção sueca deu preferência à tática defensiva e negligenciou o ataque. Novamente o mesmo filme: o time que se fecha na retranca para garantir o empate é castigado. No último minuto dos acréscimos ao tempo regulamentar a seleção alemã marcou o gol da vitória pelos pés de Kroos na cobrança de falta próxima à área. Bélgica venceu a Tunísia (5 x 2). Ritmo frenético no primeiro tempo. Dois jogadores tunisianos substituídos por contusão. Individual e coletivamente, a seleção belga exibiu ótimo futebol. Destaque para os belgas Hasard e Lukaku.
Brasil venceu a Costa Rica (2 x 0). Os atacantes brasileiros estão entre os melhores desta copa mundial. Os treinadores das outras equipes sabem disto e montam esquema defensivo. A tática deles é fortalecer o sistema defensivo, todavia, aqueles que negligenciam o sistema ofensivo correm o risco de levar gol. Isto já aconteceu inúmeras vezes, mas os treinadores não aprendem a lição. Agora, aconteceu de novo. A seleção da Costa Rica suportou a pressão e segurou o placar em branco até o final, mas nos acréscimos ao tempo regulamentar, sofreu o castigo: gols resultantes do oportunismo de Coutinho e Neymar. A seleção brasileira fez em 5 minutos o que não conseguiu fazer em 90. Auxiliado pelo árbitro de vídeo, o árbitro de campo anulou falso pênalti encenado por Neymar. Este jogador estava muito nervoso, quiçá por sua palhaçada no jogo anterior, ou por sua má performance nesta copa, ou porque os adversários não lhe estendem o tapete vermelho. Desta cor, ele merecia o cartão, posto que recebera o amarelo anteriormente. O choro, do qual não se viu lágrimas, quando o jogo terminou, pode ser desabafo, eis que a partida aproximava-se do final e a seleção não conseguia a vitória. Crescia o pavor de não passar à fase seguinte do torneio. Rapaz mimado, saudável, milionário, ganhando vultosas quantias mensalmente, dono de imóveis, avião, iate, automóveis, cercado de mulheres e mordomias, vida faustosa, amparado afetivamente pela família e amigos, tinha motivo para chorar? A infelicidade bateu à sua porta? Está arrependido por ter bancado o palhaço? Está jogando mal? Está com medo de perder o cartaz? O treinador diz que não tira as características do jogador. Isto significa que o seu pupilo manterá as características de moleque e de vedete, a simular faltas para enganar o árbitro, a discutir com o adversário empregando palavras de baixo calão, a chamar para si a atenção do público. O treinador diz querer árbitro justo, mas parece mesmo querer árbitros que tolerem as encenações e a má conduta do seu pupilo e que assinalem os pênaltis cuja falsidade a imagem do vídeo registra e as leis da Física atestam. A bravata do treinador é prévia defesa sua e do seu pupilo para eventual fracasso da equipe. O árbitro não “interpreta” a imagem do vídeo e sim a intui pela via sensorial. Além da comum inteligência, do bom senso, do preparo físico, do conhecimento das regras, ter bons olhos é requisito essencial ao árbitro.
Colômbia venceu a Polônia (3 x 0). Os poloneses privilegiaram o contra-ataque. A atuação individual e coletiva dos colombianos foi superior à dos poloneses. Gols de Mina, Falcão e Quadrado, com excelentes assistências de James. Falcão precisa recuperar a sua boa forma física e técnica. A estrela de Lewandowski ainda não brilhou nesta copa. Croácia venceu a Argentina (3 x 0). Muitas faltas e atitudes agressivas. Apesar do seu bom futebol e dos seus qualificados (e nervosos) jogadores a seleção argentina não conseguiu superar uma adversária forte e bem organizada. Dinamarca empatou com Austrália (1 x 1). Belo gol do dinamarquês. As duas seleções alternavam bem ataque e defesa, mas pecavam nas finalizações. O goleiro dinamarquês teve mais trabalho e efetuou duas defesas bem difíceis.
França venceu o Peru (1 x 0). Excelente jogo. Seleções velozes e aguerridas, alternando ritmicamente ataque e defesa durante todo o tempo. Mbappé, estrela da seleção francesa, marcou o único gol da partida. Inglaterra venceu o Panamá (6 x 1). A seleção do Panamá resolveu ficar no canal. Tal como os anglo-americanos construtores do canal, os ingleses também usaram as suas armas, acumularam saldo de gols e garantiram passagem para a próxima fase da copa. Kane marcou três gols; Stones, dois; Lingard um gol resultante de bonito e bem colocado chute. Baloy (que não é atacante) marcou o único gol panamenho, o primeiro desta seleção em copas do mundo, o que levou a torcida ao delírio. Japão empatou com o Senegal (2 x 2). Inui e Honda marcaram para a seleção japonesa e Mané e Wague para a senegalesa. No Senegal, Mané é respeitável nome próprio e não apelido pejorativo como no Brasil, embora a história do futebol registre um genial e inigualável Mané (Garrincha). As duas seleções praticaram um bonito e eficiente futebol, a japonesa mais veloz do que a africana. Muita vibração na torcida de ambas as equipes. A imperatriz do Japão compareceu ao estádio, aplaudiu os súditos e assistiu ao jogo ao lado da primeira-dama russa. Essa gentileza ajuda nas boas relações diplomáticas entre os dois países outrora inimigos.    
México venceu a Coreia do Sul (2 x 1). O primeiro gol dos mexicanos resultou da cobrança de pênalti e o segundo de um certeiro chute de Chichiarito dentro da área coreana, aproveitando um bom lançamento. O gol coreano resultou de um chute de Son, melhor jogador da equipe, de fora da área, já no final da partida. Jogo muito corrido e um tanto desordenado. Nigéria venceu a Islândia (2 x 0). Dois estilos diferentes de jogar futebol. No plano individual, nigerianos superiores aos islandeses; no coletivo, o inverso. No segundo tempo, prevaleceu o talento individual dos nigerianos, com dois gols do artilheiro Musa. Com ajuda do árbitro de vídeo, o arbitro de campo assinalou um pênalti que depois foi mal cobrado e desperdiçado pelo atacante islandês. Suíça venceu a Sérvia (2 x 1). Duas equipes de estilos semelhantes e ritmo veloz. Os sérvios estiveram melhor no primeiro tempo e com vantagem no escore. No segundo tempo, os suíços reagiram, viraram o placar a seu favor e até o final não descuidaram da defesa e nem desistiram do ataque. Os sérvios pareciam cansados.

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