Escrituras religiosas e obras científicas tratam das origens do universo e da humanidade. Apesar das diferenças vistas em escala microcósmica na pesquisa sobre a estrutura da matéria, há evidência em escala macrocósmica de regularidades conceituadas como leis da natureza. Além destas, os seres vivos do gênero animal e da espécie racional são regidos também por leis que eles próprios estabelecem. Essas leis da humanidade estão baseadas na experiência social e informadas por princípios morais, jurídicos e religiosos. As regras morais são de cumprimento facultativo, vigoram sob pressão da sociedade e sua violação é punida sem a coerção do estado (censura, repúdio explícito ou implícito). As regras jurídicas são de cumprimento obrigatório, vigoram sob pressão do estado e a sua violação é reprimida pela força pública (prisão, interdição, multa). As regras religiosas são de cumprimento facultativo, vigoram sob pressão da comunidade dos crentes, sua eficácia depende da consciência dos adeptos e a sua violação é punida sem coerção estatal (penitência, excomunhão). Diretamente, Deus não aplica pena alguma. A aplicação de castigo e a concessão de prêmio motivadas pelos maus e bons pensamentos, maus e bons sentimentos, pelas más e boas ações, ocorrem mediante o mecanismo cármico, processo pelo qual se realiza a justiça divina.
As normas do Antigo Testamento (AT), parte hebraica da Bíblia, obrigam apenas os hebreus (judeus + israelitas). Os mandamentos foram dados a Moisés, no Monte Sinai, pelo deus hebreu chamado Javé e se referem à supremacia desse deus, à santificação do sábado, à honra do pai e da mãe e às proibições de trabalhar no sábado, de matar, de furtar, de cobiçar a mulher e os bens do próximo, de cometer adultério e de levantar falso testemunho. [Êxodo 20: 3/17].
As normas do Novo Testamento (NT), parte cristã da Bíblia, obrigam apenas os cristãos (católicos + protestantes). Limitam-se aos dois mandamentos ditados por Jesus: 1. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito. 2. Amarás teu próximo como a ti mesmo. [Mateus 22: 37/40].
Tanto no AT como no NT é nítida a distinção entre divindade (Javé, Pai Celestial) e humanidade (Moisés, Jesus). As outras religiões têm seus próprios avatares, textos sagrados e dogmas. O primeiro livro do AT atribui ao deus Javé a criação do mundo e do primeiro casal. Esse deus hebreu abençoou o casal e ordenou: frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. [Gênesis 1: 28].
Sob perspectiva religiosa, a população mundial divide-se em duas classes: crentes e incrédulos.
Sob perspectiva religiosa, a população mundial divide-se em duas classes: crentes e incrédulos.
Na classe dos crentes distinguem-se dois grupos: monoteístas e politeístas. O grupo dos monoteístas apresenta dois ramos: [1] Humanos que têm o seu próprio deus e lhe prestam culto como os judeus e o seu Javé, os cristãos e o seu Pai Celestial, os muçulmanos e o seu Alá [2] Humanos que têm o seu próprio conceito de divindade sem prestar culto, tal como os budistas e os deístas (cientistas, filósofos, livres pensadores em geral). O grupo dos politeístas é constituído por humanos que cultuam duas ou mais divindades (deusas, deuses, coisas divinizadas). Os hinduístas e os xintoístas integram esse grupo.
A classe dos incrédulos é minoritária. Compõe-se dos humanos que não acreditam em divindades e em mundo espiritual. Integram o tipo materialista (ateu).
Motivos religiosos são aptos a provocar ódio, repúdio, discriminação, rivalidade e vilipêndio na sociedade. A diversidade das crenças religiosas e a centralidade dos seus crentes geram antagonismos no seio da humanidade. As cruzadas na Idade Média servem de exemplo. Estandartes com símbolos religiosos cobrindo projeto de dominação política e econômica. O domínio colonial na Idade Moderna incluiu catequese religiosa e extermínio dos nativos resistentes. A caça aos indígenas e a escravatura receberam bençãos sacerdotais. Antes de partirem para a guerra, os soldados eram abençoados pelos sacerdotes como se Deus tivesse lado no conflito. “Em Deus nós confiamos”, grava na sua moeda o povo estadunidense, símbolo da sua potência econômica, marcial e política no orbe terrestre. Esse povo acredita estar sob proteção divina e, assim, autorizado a liderar e policiar os outros povos, intervir, guerrear e matar em nome de Deus.
No século XX, houve esforços ecumênicos visando a pacificação entre as religiões. No século XXI, a ala neopentecostal da igreja protestante marcha em sentido contrário e agrava o distanciamento e a rivalidade entre as igrejas cristãs. No Brasil, nota-se a voracidade dos bispos e pastores evangélicos por dinheiro e por função política. Desafiam a laicidade do estado brasileiro com o firme propósito de impor os seus dogmas e os seus interesses à nação. Agem como se portassem o monopólio da verdade e da liberdade de crença e de consciência. Aviltam os direitos constitucionais das cidadãs e dos cidadãos brasileiros: (i) de diferentes confissões religiosas como os católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, budistas, hinduístas, xintoístas (ii) livres pensadores (iii) ateus. Engrossam suas fileiras nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas e no congresso nacional. Ocupam chefias de governo, ministérios e secretarias de estado. Acumpliciam-se ao nazifascismo das forças armadas. Infiltram-se na magistratura estadual e federal.
Endeusar seres humanos é o cúmulo da estupidez. Humanizar Deus é rebaixá-lo ao nível corruptível. Deus não é privativo de seres humanos, de estados, planetas e galáxias. Deus reina soberano sobre todos os seres do universo. Colocar roupagem humana em Deus é blasfêmia.
Motivos religiosos são aptos a provocar ódio, repúdio, discriminação, rivalidade e vilipêndio na sociedade. A diversidade das crenças religiosas e a centralidade dos seus crentes geram antagonismos no seio da humanidade. As cruzadas na Idade Média servem de exemplo. Estandartes com símbolos religiosos cobrindo projeto de dominação política e econômica. O domínio colonial na Idade Moderna incluiu catequese religiosa e extermínio dos nativos resistentes. A caça aos indígenas e a escravatura receberam bençãos sacerdotais. Antes de partirem para a guerra, os soldados eram abençoados pelos sacerdotes como se Deus tivesse lado no conflito. “Em Deus nós confiamos”, grava na sua moeda o povo estadunidense, símbolo da sua potência econômica, marcial e política no orbe terrestre. Esse povo acredita estar sob proteção divina e, assim, autorizado a liderar e policiar os outros povos, intervir, guerrear e matar em nome de Deus.
No século XX, houve esforços ecumênicos visando a pacificação entre as religiões. No século XXI, a ala neopentecostal da igreja protestante marcha em sentido contrário e agrava o distanciamento e a rivalidade entre as igrejas cristãs. No Brasil, nota-se a voracidade dos bispos e pastores evangélicos por dinheiro e por função política. Desafiam a laicidade do estado brasileiro com o firme propósito de impor os seus dogmas e os seus interesses à nação. Agem como se portassem o monopólio da verdade e da liberdade de crença e de consciência. Aviltam os direitos constitucionais das cidadãs e dos cidadãos brasileiros: (i) de diferentes confissões religiosas como os católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, budistas, hinduístas, xintoístas (ii) livres pensadores (iii) ateus. Engrossam suas fileiras nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas e no congresso nacional. Ocupam chefias de governo, ministérios e secretarias de estado. Acumpliciam-se ao nazifascismo das forças armadas. Infiltram-se na magistratura estadual e federal.
Endeusar seres humanos é o cúmulo da estupidez. Humanizar Deus é rebaixá-lo ao nível corruptível. Deus não é privativo de seres humanos, de estados, planetas e galáxias. Deus reina soberano sobre todos os seres do universo. Colocar roupagem humana em Deus é blasfêmia.
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