Por esse mar das Antilhas / anda
um barco de papel / anda e anda o barco barco / anda o barco sem timão.
Da Havana a Portobelo / da
Jamaica a Trinidad / anda e anda o barco barco / e anda sem capitão/.
Uma negra vai na popa / e na proa
um espanhol / anda e anda o barco barco / anda o barco com os dois.
Passam ilhas, ilhas, ilhas /
muitas ilhas, sempre mais / anda e anda o barco barco / anda o barco sem parar.
Um canhão de chocolate / contra o
barco disparou / e um canhão de açúcar açúcar / de açúcar replicou.
Ah meu barco marinheiro / com seu
casco de papel! / Ah meu barco negro e branco / ah meu barco sem timão.
Nele vai a negra negra / junto
junto ao espanhol/ anda e anda o barco barco / anda o barco com os dois.
(“Um Som para Meninos
Antilhados”. Nicolas GUILLÉN. Traduzido por Sérgio Milliet).
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