Descrença e pessimismo à parte, confiança e otimismo à frente, a seleção brasileira masculina de futebol classificar-se-á para a Copa do Mundo/2026. Do plantel constam craques como Danilo, Endrick, Estevão, Lucas, Luís Henrique, Paquetá, Rodrygo, Vinicius. Os treinadores brasileiros estão entre os melhores do mundo, embora como tal, não sejam reconhecidos pela mentalidade colonizada de torcedores, dirigentes e jornalistas esportivos que só enxergam excelsas qualidades nos treinadores estrangeiros. O italiano por eles incensado deu-lhes uma banana. Ancelotti jamais trocaria o Real Madrid pela seleção brasileira; talvez, nem pela italiana. Saldanha, Zagalo, Telê, Parreira, Felipão, Tite, treinaram bem as seleções para as copas de 1970 a 2022, nas vitórias e nas derrotas. Para a Copa do Mundo/2026 também há ótimos treinadores: Braga, Ceni, Dorival, Luxemburgo, Mano, Renato.
Das 22 edições da copa do mundo, as seleções brasileiras participaram de todas, porém, venceram apenas 5; foram derrotadas em 17. Portanto, a derrota diante da valente seleção paraguaia em Assunção (10/09/2024) nada tem de vergonhosa e só assusta a quem desdenha seleções sul-americanas. Estas sabem como segurar a brasileira. Elas usam retranca, marcação severa sobre os atacantes brasileiros mais perigosos, contra-ataques esporádicos e fulminantes. Embora sendo sul-americana, a brasileira sente dificuldade para superar essa tática das adversárias.
Nenhuma das atuais seleções sul-americanas é invencível, apesar da boa qualidade dos seus jogadores e treinadores. Todavia, é possível alguma se manter invicta por certo tempo. À brasileira ainda falta bom entrosamento. O moral da equipe não está climatizado. Nada disto impedirá o êxito nas próximas partidas.
No Brasil, há canalhice tanto no mundo político como no mundo esportivo. Aliás, trata-se de deficiência moral nas relações humanas em todos os quadrantes. Contrato de jogador com o clube de futebol, por exemplo, tem extrapolado a relação bilateral como bem sugere a recente imagem exibida pela televisão: o presidente do Flamengo confabulando no estádio, ao ar livre, com a presidente do Palmeiras. Na ocasião, estavam em andamento as tratativas com o jogador Gabriel Barbosa. A imagem revela como a competição entre os dois times no gramado não afeta os negócios na área administrativa e financeira dos respectivos clubes. Em havendo comum interesse, os seus presidentes marcham unidos. As circunstâncias de tempo, lugar e publicidade indicam que a conversa incluiu o distrato do jogador com o Flamengo e o futuro contrato com o Palmeiras. Daquele encontro parece ter resultado o seguinte acordo: Palmeiras fecha as portas para Gabriel a fim de fortalecer o Flamengo na queda de braço com o jogador. Aquela imagem mostrou ao público a musculatura financeira do clube contra a musculatura física do jogador.
Remunerada pela propaganda encomendada e pelos jabás, a imprensa esportiva lato sensu (jornais, emissoras de rádio, televisão e seus jornalistas amestrados) menospreza o jogador. Desqualifica-o pela idade e pelas condições físicas e técnicas. O treinador lhe reserva poucos minutos nos estertores do segundo tempo de cada partida no claro intuito de queimar o filme do jogador perante a torcida e a opinião pública. Sem desfrutar da simpatia do treinador e da diretoria, tratado como mercadoria ou peça de máquina, ele é boicotado, deixado no banco sob a falsa afirmativa de não estar em forma. No entanto, ao entrar em campo, Gabriel mostra que está bem física e tecnicamente. Esse boicote reduziu a quantidade de gols que ele fazia e que lhe rendeu o apelido de Gabigol.
Evidente que fará mais gols o jogador colocado por 90 minutos na área adversária, servido por companheiros exclusivamente para golear. Se o jogador boicotado fosse colocado nessa mesma posição, para essa mesma função e por igual tempo, certamente, por ser craque, faria mais gols do que o antecessor. Entretanto, isto atrapalharia a estratégia da diretoria e do treinador na negociação. Também sob o falso pretexto de o jogador estar fora de forma, a comissão técnica cortou Romário da seleção de 1998. Então, Zidane lançou-a no brejo com direito a lençol sobre Ronaldo. [Seria justo e mais adequado se o melhor jogador do mundo fosse eleito pela FIFA de 4 em 4 anos por ocasião do encerramento de cada Copa Mundial].
Embora lhe restem 10 anos de vida útil como profissional, dos 29 aos 39 anos de idade, Gabriel teve a carreira prejudicada pela canalhice alheia. O boicote no clube dificultou a convocação de Gabriel para jogar na seleção brasileira. A solidariedade classista entre os treinadores é um dos óbices à convocação. Djalminha, craque genial, por exemplo, desentendeu-se com o treinador do La Coruña, clube para o qual jogava. O treinador brasileiro, solidário com o treinador espanhol, deixou o craque fora da seleção de 2002.
Das 22 edições da copa do mundo, as seleções brasileiras participaram de todas, porém, venceram apenas 5; foram derrotadas em 17. Portanto, a derrota diante da valente seleção paraguaia em Assunção (10/09/2024) nada tem de vergonhosa e só assusta a quem desdenha seleções sul-americanas. Estas sabem como segurar a brasileira. Elas usam retranca, marcação severa sobre os atacantes brasileiros mais perigosos, contra-ataques esporádicos e fulminantes. Embora sendo sul-americana, a brasileira sente dificuldade para superar essa tática das adversárias.
Nenhuma das atuais seleções sul-americanas é invencível, apesar da boa qualidade dos seus jogadores e treinadores. Todavia, é possível alguma se manter invicta por certo tempo. À brasileira ainda falta bom entrosamento. O moral da equipe não está climatizado. Nada disto impedirá o êxito nas próximas partidas.
No Brasil, há canalhice tanto no mundo político como no mundo esportivo. Aliás, trata-se de deficiência moral nas relações humanas em todos os quadrantes. Contrato de jogador com o clube de futebol, por exemplo, tem extrapolado a relação bilateral como bem sugere a recente imagem exibida pela televisão: o presidente do Flamengo confabulando no estádio, ao ar livre, com a presidente do Palmeiras. Na ocasião, estavam em andamento as tratativas com o jogador Gabriel Barbosa. A imagem revela como a competição entre os dois times no gramado não afeta os negócios na área administrativa e financeira dos respectivos clubes. Em havendo comum interesse, os seus presidentes marcham unidos. As circunstâncias de tempo, lugar e publicidade indicam que a conversa incluiu o distrato do jogador com o Flamengo e o futuro contrato com o Palmeiras. Daquele encontro parece ter resultado o seguinte acordo: Palmeiras fecha as portas para Gabriel a fim de fortalecer o Flamengo na queda de braço com o jogador. Aquela imagem mostrou ao público a musculatura financeira do clube contra a musculatura física do jogador.
Remunerada pela propaganda encomendada e pelos jabás, a imprensa esportiva lato sensu (jornais, emissoras de rádio, televisão e seus jornalistas amestrados) menospreza o jogador. Desqualifica-o pela idade e pelas condições físicas e técnicas. O treinador lhe reserva poucos minutos nos estertores do segundo tempo de cada partida no claro intuito de queimar o filme do jogador perante a torcida e a opinião pública. Sem desfrutar da simpatia do treinador e da diretoria, tratado como mercadoria ou peça de máquina, ele é boicotado, deixado no banco sob a falsa afirmativa de não estar em forma. No entanto, ao entrar em campo, Gabriel mostra que está bem física e tecnicamente. Esse boicote reduziu a quantidade de gols que ele fazia e que lhe rendeu o apelido de Gabigol.
Evidente que fará mais gols o jogador colocado por 90 minutos na área adversária, servido por companheiros exclusivamente para golear. Se o jogador boicotado fosse colocado nessa mesma posição, para essa mesma função e por igual tempo, certamente, por ser craque, faria mais gols do que o antecessor. Entretanto, isto atrapalharia a estratégia da diretoria e do treinador na negociação. Também sob o falso pretexto de o jogador estar fora de forma, a comissão técnica cortou Romário da seleção de 1998. Então, Zidane lançou-a no brejo com direito a lençol sobre Ronaldo. [Seria justo e mais adequado se o melhor jogador do mundo fosse eleito pela FIFA de 4 em 4 anos por ocasião do encerramento de cada Copa Mundial].
Embora lhe restem 10 anos de vida útil como profissional, dos 29 aos 39 anos de idade, Gabriel teve a carreira prejudicada pela canalhice alheia. O boicote no clube dificultou a convocação de Gabriel para jogar na seleção brasileira. A solidariedade classista entre os treinadores é um dos óbices à convocação. Djalminha, craque genial, por exemplo, desentendeu-se com o treinador do La Coruña, clube para o qual jogava. O treinador brasileiro, solidário com o treinador espanhol, deixou o craque fora da seleção de 2002.